Morais Sarmento quer Nobre no Governo e não a presidir à Assembleia

Social-democrata Morais Sarmento recorda o passado de Fernando Nobre como mandatário do Bloco de Esquerda para levantar dúvidas sobre a sua capacidade para “ser a segunda figura do Estado”. Por outro lado, considera que o perfil do independente está mais de acordo com “funções executivas”.

Depois das críticas da oposição, chegam vozes discordantes dentro do PSD, sobre a escolha de Passos Coelho relativa ao candidato a presidente da Assembleia da República. Morais Sarmento considera que Fernando Nobre não terá o perfil certo e que poderia ser uma boa solução para “qualquer lugar executivo, numa frente de combate”.

Se o PSD escolhe Fernando Nobre para presidir ao Parlamento está a apostar no “mandatário de Francisco Louçã há poucos anos”, alegou Morais Sarmento, no programa ‘Falar Claro’, da Rádio Renascença. “Se me perguntarem se me revejo nele como Presidente da Assembleia da República, terei dificuldade em responder.

Nobre seria um presidente “menos bom”, ao mesmo tempo que se perderia um “ótimo protagonista político na linha da frente”, com tarefas “governativas ou executivas”, o que poderia ser mais útil ao PSD.

O ex-ministro de Durão Barroso considera que o cargo de presidente da Assembleia é “de intervenção passiva”, o que não está de acordo com o perfil de Fernando Nobre.