Economia

Moody’s: Novo corte de rating antes das eleições “é possível”

Moody’s não deve alterar ‘rating’ da dívida soberana antes da formação do novo Governo, mas não exclui essa medida: “Novo corte é possível”, revela Anthony Thomas, vice-presidente da agência, em declarações à Lusa. Tudo dependerá do facto de surgirem “dúvidas relativamente ao apoio dos outros países da Zona Euro”.

A agência Moody’s justifica quebra do ‘rating’ com o chumbo das medidas de austeridade, que colocou Portugal numa situação de impasse, até ao mês de junho, data de eleições legistlativas antecipadas. E mesmo após esse ato eleitoral, o País pode ficar perante instabilidade governativa, se não houver uma maioria.

Em declarações à Lusa, Anthony Thomas antecipa os dois cenários possíveis: manter o ‘rating’ da dívida soberana, ou aplicar novo corte. Esta segunda hipótese “é possível”, caso persistam “dúvidas” sobre o apoio dos países a Portugal.

Depois das eleições, a Moody’s poderá mexer no ‘rating’ se verificar que o Governo eleito em junho “mostrar pouco empenho” no que diz respeito à “consolidação orçamental”.

Confrontado com as expectativas relatiamente a um novo corte, Thomas explica que a agência vai “aguardar pela formação do novo Governo”, ainda que seja possível uma “avaliação antes das eleições”.

Anthony Thomas, que lidera a unidade de análise à dívida soberana portuguesa, adiantou ainda que a Moody’s “assumiu que seria atingido um entendimento” entre PS e PSD, o que não veio a suceder.

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