Economia

Moody’s estima que preços das casas em Portugal aumentem quatro por cento em 2020

Os preços das casas em Portugal vão aumentar 4 por cento em 2020, de acordo com um relatório da agência de notação financeira Moody’s hoje divulgado, que prevê ainda algum declínio em empréstimos para o crédito à habitação.

Para 2020, em novas operações em Portugal, além de “algum declínio em empréstimos brutos para hipotecas”, a agência de ‘rating’ prevê que a “subscrição de crédito ao consumo permaneça inalterada”.

Já para os empréstimos pendentes, a Moody’s espera, em 2020, uma “performance estável do colateral “, uma “forte inflação nos preços da habitação [4 por cento], ainda que abaixo dos anos anteriores”, uma “robusta confiança do consumidor”, e prevê ainda que o desemprego “vá decrescer ligeiramente”, para 6,0 por cento.

Em Portugal, a agência de notação financeira aguarda, em 2020, “uma atividade de securitização [transformação de dívida e títulos de crédito em carteiras vendáveis] adicional de crédito malparado em Portugal, Grécia e Espanha, e em menor grau, na Irlanda”.

“A atividade adicional é parcialmente atribuível a refinanciamentos entre entidades que adquiriram carteiras de crédito”, completa a Moody’s.

Numa avaliação que, além de Portugal, engloba República da Irlanda, Holanda, Reino Unido e Espanha, a agência estima que, “apesar de uma moderação na inflação do preço da habitação, o aumento dos preços das casas irá apoiar potenciais recuperações para empréstimos em incumprimento, através de acordos de securitização de hipotecas residenciais [RMBS]”.

A Moody’s assevera também que “a manutenção do atual ambiente de baixas taxas de juro será positiva para o crédito na prestação das transações de RMBS, considerando o nível geral de alto endividamento dos consumidores em alguns mercados”.

“No entanto, a antecipação de taxas menores para um maior período de tempo levou a uma mais fraca criação de crédito e a uma subscrição de títulos mais livre em alguns segmentos”, de acordo com a agência.

No relatório hoje divulgado, pode ainda ler-se que “o financiamento barato e uma maior competição levarão alguns nichos de credores a ficar mais suscetíveis a choques económicos”.

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