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Montenegro recua para dar força ao anti-Rio (de preferência Rangel)

Luís Montenegro anunciou que afinal não vai candidatar-se à liderança do PSD. O ex-líder parlamentar alegou “razões pessoais e políticas”, o que deu logo origem à teoria, já a circular nos bastidores laranjas, de que pretende evitar uma dispersão dos votos contra Rui Rio. Mesmo que isso signifique o apoio de Montenegro a Rangel.

“Após a reflexão que fiz, entendo que, por razões pessoais e políticas, não estão reunidas as condições para, neste momento, exercer esse direito”, justificou-se o não candidato, em comunicado.

O recuo do número dois de Passos Coelho “por razões políticas” deu logo origem a várias teorias, com a principal a favorecer Paulo Rangel. Isto porque a existência de vários candidatos só iria beneficiar aquele que é apontado como o mais forte, Rui Rio.

Não é de admirar, de acordo com as teorias que circulam já nos corredores do PSD, que Luís Montenegro venha a apoiar Paulo Rangel em nome do passismo. Rangel que, recorde-se, foi adversário de Passos na luta pela liderança laranja (em 2010).

Uma teoria que ganhou força logo ao início da manhã de hoje com a entrevista de Marco António Costa, vice-presidente do PSD, à RTP.

“Toda esta crise política que se precipitou no PSD tem muito a ver (…), de há dois anos a esta parte, com um ruído de fundo sempre presente, desde o último Congresso, como que a provocar um desgaste no sentido de esperar por uma oportunidade para substituir o líder”, afirmou o líder da poderosa distrital do Porto.

“A minha convicção é que havia uma forte aposta de alguns setores”, leia-se Rui Rio, “fosse qual fosse o resultado” nas autárquicas, complementou Marco António Costa.

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