A Supertaça Europeia disputa-se hoje no Mónaco, a partir das 19h45. Frente a frente, duas equipas ibéricas, duas equipas que carregam troféus de uma temporada bem sucedida. O FC Porto pode recordar Ivic, reeditando o feito do jugoslavo, ainda que o Barcelona de Messi pareça quase imbatível.

FC Porto, vencedor da Liga Europa, e Barcelona, campeão europeu, procuram hoje mais um ponto de brilho na galeria de troféus. O jogo entre duas das melhores equipas do Velho Continente coloca no mesmo palco jogadores que atingiram o topo e outros que, segundo Guardiola, seriam alvo da cobiça de qualquer clube do mundo.

O favoritismo recai sobre o Barcelona. Os catalães seriam favoritos em qualquer final, contra qualquer adversário da atualidade. No entanto, o campeão português herdou há décadas a sede de vitória. As palavras de Vítor Pereira exprimem o sentimento dos dragões: “Não viemos ver o Barcelona jogar”.

Travar Messi e uma equipa que joga de olhos fechados será missão hercúlea. Mas o FC Porto tem os seus próprios Hércules, que exigem dos espanhóis atenção redobrada e expressão máxima de talento.

A equipa portista tenta a segunda Supertaça Europeia da sua história. Vencer hoje no Mónaco seria uma bonita homenagem a Tomislav Ivic, que faleceu em junho. Em 1987 (após saída de Artur Jorge, então campeão europeu), o técnico jugoslavo conquistou a única Supertaça Europeia, batendo o Ajax.

A história faz-se de favoritos, faz-se de talento, mas é com talento que se surpreendem os mais fortes. E se a teoria joga a favor do Barcelona, há um facto histórico, bem recente, que fala a favor do dragão: as finais não se jogam, ganham-se.