Moçambique está entre os quatro países da África subsaariana e entre os dez países no mundo que mais reformas criou para ajudar os agricultores, de acordo com um estudo divulgado hoje pelo Banco Mundial.
“Serra Leoa, Burundi, Moçambique e o Malaui estão entre os dez países que mais melhoraram a nível global, embora ainda tenham um longo caminho a percorrer”, lê-se no estudo da financeira multilateral.
O estudo incide sobre as reformas lançadas pelos governos para melhorarem a qualidade do setor agrícola, e analisa o ambiente de negócios e a moldura regulamentar em que os agricultores operam.
“Entre as regiões, os agricultores na África subsaariana enfrentam o mais duro dos desafios regulamentares, mas muitos países estão a conseguir melhorar o clima de negócios, incluindo através de acordos regionais proporcionados pela pertença a uniões económicas ou políticas”, refere o documento.
O estudo ‘Facilitando o Negócio da Agricultura 2019’ afirma que o clima de negócios para a agricultura a nível mundial está a melhorar, dando conta que 47 de 101 países implementaram 67 reformas regulatórios nos últimos dois anos, “tornando mais fácil para os agricultores gerirem surtos de epidemias, encontrarem sementes de qualidade e aceder a crédito para investir na produção”.
A agricultura é o sustentáculo de muitos países em desenvolvimento, argumenta o relatório, que dá conta de que este setor “representa 25 por cento dos PIB [produto interno bruto] nos países de baixo rendimento, onde 80 por cento dos cidadãos em pobreza extrema vivem nas áreas rurais”.
O documento defende a necessidade de “acelerar as reformas para acabar com regulamentos datados e para eliminar os obstáculos burocráticos que prejudicam os processos empresariais”. documento.