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Moçambique expulsa espanhola que defende as saias curtas nas escolas

Eva Anadon Moreno

Uma marcha contra a proibição de saias curtas nas escolas, em Moçambique, terminou com a expulsão do país de uma cidadã espanhola. A ativista Eva Anadon Moreno juntou-se a um protesto que não tinha sido autorizado e o Serviço Nacional de Migração mandou-a embora.

Uma ativista espanhola foi expulsa de Moçambique por contestar, participando numa marcha numa autorizada, uma diretiva do Ministério da Educação que proíbe as meninas de usarem saias curtas nas escolas por (segundo o Governo) serem um estímulo ao assédio nas instituições do ensino.

“Foi uma atitude exagerada por parte das autoridades. Este era mais um ato de defesa dos direitos das mulheres e nada mais”, considerou Graça Sambo, representante da Marcha Mundial das Mulheres em Moçambique, em declarações à Lusa.

A marcha de protesto, realizada em Maputo, perturbou a ordem pública, de acordo com um comunicado assinado por João Basílio Monteiro, o ministro do Interior.

Por ser estrangeira, Eva Anadon Moreno recebeu, do Serviço Nacional de Migração, a ordem de expulsão.

A espanhola tinha sido detida, juntamente com quatro outras mulheres (uma das quais brasileira), no início deste mês, tendo sido acusadas de participação em protesto ilegal.

Esse protesto decorreu junto à Escola Secundária Francisco Manyanga, no centro da capital moçambicana.

“A nossa preocupação era mostrar que é necessária uma discussão mais séria sobre os abusos nas escolas, encontrando formas práticas e efetivas para resolver o problema”, contrapôs Graça Sambo.

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