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Moçambique espera 780 milhões de investimento para pesquisa de gás e petróleo

Moçambique espera atrair nos próximos oito anos investimentos de 780 milhões de euros para pesquisa de gás e petróleo em cinco novas áreas atribuídas para prospeção, anunciou hoje o Governo.

As verbas foram anunciadas pelo ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, segundo o qual, “todas as concessões são atribuídas por um período de pesquisa de oito anos, estendendo-se por trinta anos em caso de descoberta comercial”.

Os contratos para duas das zonas de pesquisa entregues a consórcios liderados pela Eni e Sasol foram assinados hoje, depois de na última semana já terem sido assinados outros três com a Exxon-Mobil.

O consórcio liderado pela Eni deverá investir cerca de 184 milhões de euros nas pesquisas a efetuar na zona A5-A, com uma área de 5.133 quilómetros quadrados ao largo de Angoche, província de Nampula, numa profundidade entre 300 e 1.800 metros.

No consórcio, a multinacional italiana tem uma participação de 59 por cento, seguida da sul-africana Sasol, com 25 por cento, e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), com 15 por cento, representando o Estado moçambicano.

“Com este contrato, a Eni reforça cada vez mais a sua presença em Moçambique, um país de importância estratégica para a empresa”, referiu o representante da petrolífera em Moçambique, Stefano Carbonara, momentos após a assinatura do documento.

A Eni lidera já, com a Exxon Mobil, um consórcio que está a construir infraestruturas para começar a extrair gás natural da bacia do Rovuma, extremo norte do país, a partir de 2022.

O outro contrato assinado no evento de hoje diz respeito à zona PT5-C, atribuída a um consórcio liderado pela Sasol, com uma participação de 70 por cento, cabendo à ENH os restantes 30 por cento – numa operação de pesquisa cujo investimento não deverá ser inferior a 69 milhões de euros.

A zona situa-se em terra e cobre 3.000 quilómetros quadrados, no sul do país, na região de Pande e Temane, província de Inhambane e de onde a Sasol já extrai gás natural.

Os dois contratos assinados hoje foram os últimos relativos ao quinto concurso internacional de atribuição de zonas, lançado pelo Governo moçambicano em 2014, em Londres.

Além das cinco áreas entregues, havia uma sexta que seria explorada por um consórcio liderado pela Delonex Energy (área P5-A), no sul de Moçambique, mas a empresa desistiu do negócio “sem avançar causas claras”, segundo o Instituto Nacional de Petróleos de Moçambique.

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