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Moçambique e Alemanha lançam fundo de três milhões para facilitar acesso às energias renováveis

Moçambique e Alemanha lançam hoje, na capital moçambicana, um fundo de três milhões de euros para dar acesso sustentável às energias renováveis às populações desfavorecidas.

A iniciativa, da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) e a GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional), “visa acelerar o acesso à energia para milhões de moçambicanos”, anunciou a FDC em comunicado.

O fundo tem ainda como objetivo promover o desenvolvimento e expansão do setor privado, encorajar o empreendedorismo feminino e prestar resposta rápida a situações de crise humanitária.

Segundo o comunicado, o fundo é uma “resposta à necessidade de propor alternativas para a redução da pobreza, encorajando o crescimento económico nas zonas rurais, urbanas e periurbanas do país”.

O financiamento será disponibilizado em três janelas, a primeira, de “acesso”, para promover soluções modernas de energia renovável às famílias que estejam fora da rede nacional, através de fogões melhorados e sistemas fotovoltaico.

A segunda janela, de “uso produtivo”, visa disseminar o uso produtivo de soluções solares fotovoltaico e equipamentos de energia para empresas comerciais e agrícolas em áreas rurais, exclusivamente.

A terceira janela é “humanitária” e pretende disseminar fogões melhorados e soluções solares fotovoltaicas para famílias vulneráveis.

A previsão é de que os fundos iniciais da janela humanitária sejam aplicados apenas nas regiões mais afetadas pelo ciclone Idai, que atingiu as províncias de Manica e Sofala em maio.

A lenha e o carvão continuam a ser as principais fontes de energia para cozinhar, aquecer e iluminar casas em Moçambique.

Nas áreas urbanas, periurbanas e rurais, a confeção de alimentos é predominantemente feita com carvão e lenha, tornando a coleta de lenha e a produção de carvão uma das forças motrizes da degradação florestal no país.

Em Moçambique, apenas 28 por cento das pessoas tem acesso à rede elétrica. O rosto das assimetrias é verificável nas zonas rurais, com apenas 5 por cento da população rural a ter acesso à rede elétrica nacional.

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