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Moçambique deve reestruturar a dívida senão aprofunda crise económica

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) alerta que se Moçambique não reestruturar a dívida e restaurar a confiança dos investidores, vai aprofundar a crise económica, que cortou o crescimento esperado para 4,5 por cento este ano e 5 por cento em 2020.

“A dívida de Moçambique é problemática [‘distress’, no original em inglês]; um falhanço do acordo de reestruturação da dívida e recuperação da confiança dos investidores pode aprofundar as dificuldades económicas e abrandar o crescimento”, escrevem os analistas do BAD no African Economic Outlook (Perspetivas Económicas Africanas), hoje apresentado em Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim.

No documento lê-se ainda que “a forte dependência no endividamento, principalmente interno, tem, não apenas afastado o investimento privado, mas também levou ao problema da dívida”.

Assim, “as principais prioridades políticas deviam incluir uma estratégia ativa de gestão da dívida para restaurar a confiança e medidas para estimular o crescimento económico e a criação de emprego”.

No documento, os analistas dizem que “os principais riscos para o crescimento económico incluem os aumentos dos preços para as principais importações, como o combustível e os alimentos, e as dificuldades económicas na África do Sul, o segundo maior destino de exportações”.

No ano passado, o desempenho económico deverá ter sido 3,5 por cento, “o que é um declínio dramático face à média de 7 por cento de 2004 a 2015”, alerta o BAD, que atribui esta descida “à queda do investimento público e uma redução de 23 por cento no investimento direto estrangeiro entre 2015 e 2017”.

Para este e o próximo ano, o Banco estima uma expansão do PIB de 3,5 por cento e 5 por cento, “impulsionada pela agricultura, que continua a recuperar da seca de 2015-2016, e pelas indústrias extrativas, com as exportações de carvão a continuarem a expandir-se”.

No capítulo dedicado a Moçambique, é elogiada ainda a ligação entre as prioridades do Banco e as políticas do Governo, salientando que as políticas nacionais estão em linha com as cinco principais prioridades do BAD, conhecidas como High 5: Alimentar África, Industrializar África, Integrar África e Melhorar a Qualidade de Vida, para além de Acender África, sendo esta última a única vertente em que o documento não dá exemplos de medidas que Moçambique está a tomar.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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