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Moçambique deve participar nas instâncias internacionais de decisão sobre clima

Moçambique deve fazer parte das instâncias internacionais de decisão sobre o clima, porque é um dos três países mais vulneráveis às mudanças, considerou hoje o Observatório Ambiental (Observa), uma organização moçambicana de investigadores independentes sobre matérias climáticas.

“Moçambique é um dos três países mais vulneráveis às mudanças climáticas no mundo, é necessário que o pesquisador moçambicano tenha espaço para discutir nesses fóruns internacionais, discutir e decidir, acima de tudo, sobre como pensar a política pública mundial”, disse à Lusa o geógrafo e membro do Observa José Maria Langa.

Langa defendeu que o país deve fazer ouvir a sua voz sobre questões ambientais nos centros de debate e decisão internacional, falando à margem do “Seminário Técnico-Científico sobre Mudanças Climáticas”, que terminou hoje em Maputo.

A ação climática internacional não terá eficácia se for decidida pelos países mais ricos sem a presença dos estados mais afetados pelas mudanças climáticas, defendeu.

“Quem decide sobre a política global sobre o meio ambiente não é Moçambique, mas quem é afetado é Moçambique e outros países pobres”, frisou.

Mas para que o país tenha influência na ação climática internacional, a comunidade científica moçambicana deve produzir pesquisas com incidência nos impactos das mudanças climáticas nas populações locais, defendeu José Maria Langa.

“O que faz uma pesquisa séria não é quem faz, é o que o pesquisador estuda e como ele estuda, se o pesquisador aplicou o método científico, produziu conhecimento, essa pesquisa é séria”, frisou Langa.

Nesse sentido, prosseguiu, os pesquisadores moçambicanos sobre matérias climáticas devem estar atentos ao conhecimento produzido noutros países do mundo para avaliar se é adaptável ao contexto nacional.

Durante o “Seminário Técnico-Científico sobre Mudanças Climáticas” foi decidida a criação de grupos técnicos, que vão integrar pesquisadores de oito áreas temáticas afetadas pelo clima, para a produção de pesquisas que apontem caminhos visando a luta contra as mudanças climáticas.

A passagem dos ciclones Idai e Kenneth no Centro e Norte de Moçambique em menos de 30 dias é apontada como um exemplo de o país está a ser um dos mais atingidos pelo impacto das mudanças climáticas.

Os dois ciclones provocaram mais de 600 mortos e mais de três mil milhões de euros de prejuízos, segundo números oficiais.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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