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Moçambique destaca-se no volume de negócios da Mota-Engil com crescimento de 114%

O volume de negócios do grupo português Mota-Engil em África cresceu 25 por cento no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período de 2018, atingindo os 453 milhões de euros, com Moçambique a destacar-se com um aumento de 114 por cento.

“No primeiro semestre de 2019, tal como antecipado, assistiu-se a um aumento relevante do volume de negócios em África (25 por cento), face ao período homólogo de 2018, tendo este atingido os 453 milhões de euros”, refere o relatório de contas semestrais divulgado hoje na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Mesmo assim, este crescimento do volume de negócios do grupo construtor foi “prejudicado pelo atraso no arranque de alguns projetos relevantes, nomeadamente em Angola”, adianta a empresa, destacando, por outro lado, “o aumento verificado no volume de negócios de Moçambique de 114 por cento, face ao período homólogo de 2018, bem como nos novos mercados do este e oeste do continente africano”.

Apesar da boa performance dos negócios do grupo em África, no primeiro semestre do ano, aquela região ainda tem menor peso que a América Latina no volume de negócios total da Mota-Engil, representando 32 por cento contra os 38 por cento na América Latina.

No que respeita rentabilidade operacional, o EBITDA (resultados antes de imposto, juros, depreciações e amortizações) de África atingiu, nos primeiros seis meses deste ano, os 91 milhões de euros, o que significa um crescimento de 11 por cento face a 2018, “tendo a margem EBITDA alcançado os 20 por cento com um contributo equilibrado por parte dos vários mercados da região”, adiantou a empresa.

No futuro, nas perspetivas de atividade comercial e de desenvolvimento do negócio, a Mota-Engil destaca também o papel de Moçambique, além de Angola.

A empresa espera que o recente acordo de paz em Moçambique represente “estabilidade” para o próximo período eleitoral e a “confiança final necessária para se concretizarem uma série de investimentos” no setor do petróleo e gás, com “um crescimento assinalável na atividade do mercado durante os próximos anos”.

Para Angola prevê que “o arranque de uma série de projetos já angariados, finalizado o enquadramento financeiro”, que condicionou os níveis de produção executados no primeiro semestre, tenha “impactos positivos” para o grupo naquele mercado.

O grupo liderado pelo empresário António Mota, destaca também a angariação de duas obras no Quénia, em regime de PPP (parcerias público-privadas), de cerca de 70 milhões de euros, cujo arranque se prevê no último trimestre de 2019 ou em e 2020, já com financiamento garantido.

No primeiro semestre de 2019, o EBITDA da Mota-Engil registou um aumento de 10 por cento para 194 milhões de euros, influenciado positivamente pela performance das regiões de África (crescimento de 11 por cento) e da América Latina (crescimento de 40 por cento).

A carteira de encomendas da Mota-Engil, em 30 de junho de 2019, ascendia a 5,2 mil milhões de euros, mais uma vez com as regiões de África e da América Latina a contribuírem com cerca de 75 por cento do montante total,

Ainda de acordo com o relatório, no exercícios de 2019, a Mota-Engil, as perspetivas positivas para os mercados de Portugal, Moçambique, Brasil e Colômbia que permitirão manter a carteira de encomendas acima dos 5 mil milhões de euros.

O lucro da Mota-Engil atingiu no primeiro semestre os 8 milhões de euros, depois de um resultado líquido consolidado atribuível ao grupo de 5.740 milhões de euros em igual período do ano passado, ou seja mais 42 por cento.

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