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MNE espanhol quer melhorar imagem afetada pela propaganda dos independentistas na Catalunha

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol quer melhorar a imagem do país no exterior que foi afetada negativamente por aquilo que considera ser a propaganda dos independentistas catalães.

Numa conversa com os jornalistas estrangeiros em Madrid, Josep Borrell defendeu que uma das suas tarefas no lugar que ocupa é explicar melhor a posição de Madrid a favor da continuação da unidade de Espanha.

Segundo o ministro, a maior parte dos países do mundo prevê, nas suas respetivas Constituições, o mesmo tipo de proteção da unidade nacional da lei fundamental espanhola.

O chefe da diplomacia deu o exemplo do Reino Unido, como um dos únicos estados que permite a organização de um referendo de autodeterminação por parte de uma das suas regiões, a pensar no que aconteceu na Escócia que decidiu em referendo manter-se naquela união política.

O Governo separatista de Carles Puigdemont terá assim feito um melhor trabalho de propaganda do que o anterior executivo espanhol de direita, liderado por Mariano Rajoy.

Josep Borrell insistiu que a perceção no exterior da imagem de Espanha tem de ser melhorada, mas reconhece que o anterior executivo de Madrid conseguiu que nenhum Governo do mundo apoiasse a tentativa separatista.

A Constituição espanhola assegura que a unidade do país e a eventual autodeterminação de uma região só pode ser decidida em referendo pela totalidade dos espanhóis e não pelos eleitores de uma das suas comunidades, como continua a defender o Governo regional catalão.

Borrell considerou que os separatistas interagiam mais e melhor com os jornalistas, principalmente com a imprensa internacional, do que o anterior Governo espanhol e quer passar a explicar melhor como funciona Espanha.

O Governo separatista catalão liderado por Carles Puigdemont organizou em 01 de outubro de 2017 um referendo sobre a autodeterminação da Catalunha que foi considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional.

Os separatistas não aceitam a decisão de ilegalizar essa consulta popular que afirmam ter ganhado com uma elevada maioria, depois de os partidos unionistas terem apelado ao seu boicote.

Os partidos independentistas voltaram a ganhar as eleições regionais realizadas em 23 de dezembro último e conseguiam formar um novo Governo há menos de duas semanas, no mesmo dia em que o socialista Pedro Sánchez tomava posse em Madrid.

Os separatistas já manifestaram o seu descontentamento sobre a escolha para o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Josep Borrell, um assumido defensor da unidade de Espanha, que também é catalão.

O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) tem apenas 84 deputados num total de 350 no parlamento em Madrid e, para tomar decisões, depende da margem de manobra que será permitida pelo Unidos Podemos (extrema-esquerda, 67 deputados) e outros movimentos mais pequenos e de caráter regional, como os nacionalistas bascos e os separatistas catalães, que apoiaram a moção de censura contra o Governo anterior.

Lusa

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