Missa na Internet com esmolas… por transferência bancária
O recente aumento do número de casos de infeção e mortes por covid-19 levou o Governo a tomar novas medidas de contenção da pandemia e a aplicar regras aos cidadãos.
Quase todas as atividades sofreram mudanças e/ou alterações por forma a minimizar o impacto do novo coronavírus que tem vindo a provocar uma corrida sem paralelo nas urgências hospitalares.
Entre as medidas adotadas, umas por imposição, outras pela consciência das entidades responsáveis que se anteciparam às medidas governamentais, está o caso das celebrações religiosas.
A Igreja Católica já, anteriormente, entendeu proteger os fiéis em tempo de pandemia e chegou a suspender as celebrações.
Atualmente, neste novo estado de emergência, quase todas as celebrações estão canceladas, com exceção da Eucaristia que, ainda assim, tem regras apertadas.
Atualmente, muitas das missas são celebradas apenas pelo padre com algumas pessoas fundamentais à realização da mesma, sendo que muitas paróquias têm feito uma transmissão da Eucaristia pelos meios virtuais.
Ainda assim, na Internet, há duas coisas que não é possível fazer como é comum na prática católica – comungar e dar uma esmola nos tradicionais cestos ou sacos que, a dado momento, são colocados a circular entre os fiéis.
No entanto, relativamente a este último capítulo, a igreja procura encontrar alternativas, também para enfrentar o período de crise que bate à porta.
Conta o Jornal de Notícias, que algumas igrejas estão a receber esmolas através de MB Way, mas também outros meios de transferência de donativos.
“A diocese de Lisboa foi a primeira do país a apelar aos católicos para fazer donativos por multibanco, transferência bancária ou MB Way”, pode ler-se no referido jornal, ao qual falou o bispo auxiliar de Lisboa sobre esta situação.
Américo Aguiar deu conta de que “há uma grande fragilidade financeira nas comunidades, quer para se manterem a elas próprias, quer para poder partilhar”, daí a opção por esta situação para receber esmolas, mesmo com as igrejas ‘fechadas’ fisicamente.