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Misericórdias e Ministério têm acordo criticado por administradores hospitalares

Misericórdias e Ministério da Saúde rubricam acordo que é criticado pela Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares. Ao abrigo desta parceria, o ministério paga 22 milhões milhões de euros às Misericórdias, mas os administradores consideram que essa verba deveria ser aplicada na melhoria do Serviço Nacional de Saúde.

As Misericórdias e o Ministério da Saúde estabeleceram uma parceria, que acaba de ser rubricada, mas que já tem vozes dissonantes. Ao abrigo deste acordo, serão transferidos da tutela para as Misericórdias 22 milhões de euros, sendo que estas instituições passam a prestar serviços de saúde.

No total são 12 hospitais das misericórdias (a maioria no norte do País – Esposende, Fão, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Póvoa de Lanhoso, Riba de Ave, Vila do Conde e Vila Verde), que passam a ser equiparados a hospitais público, prevendo-se que realizem um máximo de 25 mil cirurgias e cerca de 100 mil consultas de especialidade, por ano.

Mal foi rubricado o acordo, surgiu o… desacordo. O presidente Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, em declarações à Lusa, considerou “lamentável” que o Ministério da Saúde prefira desviar para as Misericórdias uma verba que deveria ser investida no Serviço Nacional de Saúde.

“Estamos a colocar os serviços noutras organizações,  em vez de rentabilizarmos as nossas. O investimento devia ser feito nas instituições de saúde, cujas capacidades são fortíssimas”, disse Pedro Lopes.

No entanto, a ministra da tutela, Ana Jorge, não vê a realidade do mesmo modo e destaca a importância do “trabalho de complementaridade e cooperação dos serviços de saúde” que as Misericórdias prestam. Com este acordo, segundo Ana Jorge, estabelece-se uma rede de cuidados continuados que irá beneficiar os serviços de saúde.

Este acordo equipara hospitais das Misericórdias com os hospitais públicos. O protocolo rubricado hoje estava já previsto há cerca de um ano, mas só agora entra em vigor. Este facto levou o líder do CDS-PP a criticar “uma demora incompreensível”. Paulo Portas considerou que o Governo foi “preconceituoso”, ao lidar com a União das Misericórdias Portuguesas.

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