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Ministro “repudia” praxes em pandemia, argumentação do dux gera controvérsia

Ministro da tutela não compreende que decorram praxes em tempos de pandemia. “É incompreensível”, diz. O líder do Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra defende que “se as pessoas não estiverem na praxe estarão num bar ou numa esplanada”.

O ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, reagiu mal à decisão do Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra, que vai manter as tradicionais praxes, no próximo ano letivo.

Manuel Heitor “lamenta e repudia as decisões associadas a praxes académicas”, que aquele conselho tomou.

“Num momento de crise pandémica como o que se vive atualmente, que reclama de todos os atores do ensino superior o maior sentido de responsabilidade para garantir a contenção da pandemia e a redução do risco sanitário, é incompreensível haver decisões deste teor relativamente a atividades que nem são essenciais nem são desejáveis nos espaços académicos”, criticou o ministro, em declarações reproduzidas pelo jornal Expresso.

O Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra entende que, se há condições para a realização de aulas presenciais, também é possível realizar as atividades de receção aos caloiros, cumprindo as regras sanitárias como o distanciamento e uso de equipamentos de proteção individual.

“As praxes deverão decorrer à mesma, visto que passa a haver aulas presenciais. Se as pessoas não estiverem na praxe estarão num bar ou numa esplanada”, alega o líder do Conselho de Veteranos, Matias Correia, em declarações à Lusa.

Esta é uma polémica que surge em cima de outra polémica.

O ministro tem sido extremamente crítico para com as praxes, considerando que aquela prática “humilha” e provoca dano na autoestima dos mais jovens.

Manuel Heitor reitera a ideia de “total apoio ao combate a manifestações de abuso, humilhação e subserviência realizadas entre grupos de estudantes, sejam no espaço público ou dentro das instituições”.

E esta ideia é repetida, independentemente dos tempos exigentes que se vivem.

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