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“Ministro prefere demitir a diretora do que ele próprio pedir a saída”, diz PSD

O PSD criticou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pela demissão da diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), uma saída “tardia”.

Cristina Gatões Batista demitiu-se hoje, nove meses depois da morte de um cidadão ucraniano no aeroporto de Lisboa, quando se encontrava à guarda do SEF.

A demissão foi “tardia” e serviu para o ministro se segurar no poder, como explicou o deputado social-democrata Duarte Marques.

“É óbvio que esta demissão já vem tarde, é tardia, mas não resolve o problema. No fundo, percebe-se que o ministro preferiu demitir a diretora do que ele próprio pedir a sua saída”, afirmou.

Ao confirmar a demissão Cristina Gatões Batista, o Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou uma redefinição do “exercício das funções policiais relativas à gestão de fronteiras e ao combate às redes de tráfico humano”, lida pelo PSD como… “impunidade”.

“Mais uma vez, verifica-se que há uma cultura de impunidade política no Governo, em que sempre que há um problema é culpa de quem o antecedeu ou de um qualquer diretor-geral. Os problemas do SEF são muito mais profundos do que os que se resolvem com a saída de uma diretora. É, no fundo, gozar com os portugueses”, frisou Duarte Marques.

O PSD não vai pedir a demissão do ministro porque “o MAI já teve tantos casos, tantos problemas, que, se tivesse vergonha, já tinha ele próprio pedido para sair”, reforçou o deputado social-democrata.

Antes de Cristina Gatões, já o diretor e o subdiretor de Fronteiras no aeroporto de Lisboa se tinham demitido, na sequência da morte de um cidadão ucraniano, nas instalações do SEF no local.

Ihor Homenyuk foi agredido violentamente, com três inspetores do SEF a serem acusados de “tortura evidente”.

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