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Ministro das Finanças não negoceia com oposição

Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, esclareceu que não cabe ao Governo estabelecer negociações com a oposição. “Os partidos terão de se comprometer com as instituições europeias, e não com o Governo”, disse. Versão contrária apresenta Olli Rehn, comissário dos Assuntos Financeiros. Portugal deve receber uma ajuda de 80 mil milhões de euros, sujeitos a revisão, ao longo dos próximos três anos.

Teixeira dos Santos coloca entrave a qualquer negociação entre o governo e os partidos com assento parlamentar. “Não cabe do Governo essa tarefa. A Comissão Europeia, o Banco Centra e o FMI terão de negociar com os partidos”, esclareceu Teixeira dos Santos.

O ministro da tutela, que participava numa reunião de ministros das Finanças da União Europeia, não vai, por isso, encetar qualquer diálogo com os partidos políticos, representados na Assembleia da República e responsáveis pelo chumbo do plano de austeridade que tentava, precisamente, evitar o resgate externo.

Curiosamente, e segundo garante um comissário europeu, o PEC rejeitado pelo Parlamento servirá de modelo para as medidas que Portugal terá de adotar nos próximos três anos. Ou seja, o novo Governo terá de aplicar as medidas que os deputados chumbaram, o que pode parecer um contrassenso.

Opinião diferente tem Bruxelas, que coloca sobre os ombros do Governo a missão de encontrar uma base de entendimento com a oposição, para a aplicação das medidas que permitam a Portugal aceder à ajuda.

Portugal deverá receber uma verba que ronda os 80 milhões. No entanto, segundo o histórico de planos de ajuda, este valor deverá ser revisto em alta. Certo é que o prazo de três anos é muito curto, o que significa que a austeridade proposta pelo PEC 4 acaba por ser mais amiga dos portugueses do que o plano que se avizinha, de resgate.

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