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Ministro da Solidariedade diz que há condições para se reduzir mais a pobreza

“Estes dados apresentam uma melhoria relativamente aos anos anteriores, mas temos condições para continuar a reduzir significativamente a taxa de pobreza nos indicadores de exclusão social”, afirmou à agência Lusa José António Vieira da Silva, a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

O governante falava à margem do 10.º Fórum Nacional “Trabalho digno: um alicerce para a paz social – combate à pobreza e exclusão social”, promovido pela Rede Europeia Anti-Pobreza ao longo do dia de hoje na Foz do Arelho, concelho das Caldas da Rainha.

Lamentando o facto de não existirem dados mais recentes para melhor acompanhar os problemas e saber responder-lhes, o ministro da Solidariedade e da Segurança Social acrescentou que, apesar disso, “a realidade é conhecida”, que está relacionada com o desemprego e que “continua a preocupar”.

Durante o encontro, Vieira da Silva apontou que, entre 2008 e 2015, “desapareceram mais de 600 mil empregos com a crise económica” e, com a retoma, foram recuperados 320 mil, o que significa que “existe menos emprego”, mas “o número de desempregados é mais baixo” do que em 2008.

Segundo o governante, “durante estes anos, saíram de Portugal centenas de milhares de homens e mulheres à procura de alternativas que não encontravam no país”.

Vieira da Silva adiantou ainda que, dos 320 mil, a maioria dos postos de trabalho são de pessoas com o 12.º ano de escolaridade ou com o ensino superior, concluindo que s cidadãos com escolaridade até ao 9.º ano foram os mais afetados pela crise.

A pobreza nos últimos anos, sustentou, “tem sido contrariada com a forte criação de emprego e com a subida do salário mínimo”, um caminho que o Governo quer continuar a percorrer.

Neste sentido, o Orçamento do Estado para 2019, disse, “continua a apostar na recuperação de rendimentos”, com “aposta continuada na elevação do salário mínimo e das pensões, o acesso a material escolar gratuito, para diminuir a situação de fragilidade das crianças, e o reforço, de forma significativa, do abono de família para crianças até aos 3 anos”.

Portugal apresentava em 2017 uma taxa de 23,3 por cento de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, acima da média da União Europeia (UE 22,5 por cento) mas 2,7 pontos abaixo da de 2008, divulgou na terça-feira o Eurostat.

Analisando os componentes do indicador, no ano passado estavam 18,3 por cento de pessoas em risco de pobreza monetária (após as transferências sociais) em Portugal, acima da média europeia (16,9 por cento).

No que respeita a situação de privação material severa, Portugal estava, em 2017, em linha com a UE nos 6,9 por cento e abaixo da média (8 por cento face aos 9,3 por cento da UE) na componente referente a pessoas até aos 59 anos que vivem em domicílios com baixa intensidade laboral.

Lusa

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