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Ministro da Defesa saberia da encenação de Tancos, Azeredo Lopes nega

O major Vasco Brazão revelou ao juiz de instrução criminal que o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, era sabedor da encenação com o roubo e aparecimento das armas de guerra em Tancos. Ao jornal Expresso, o ministro nega tal situação.

Interrogado pelo juiz de instrução, Vasco Brazão, que desempenhava funções de investigador da Polícia Judiciária Militar (PJM), explicou ao juiz que deu conhecimento ao ministro com a pasta da Defesa no Governo sobre a encenação montada juntamente com a GNR de Loulé no processo que acabou com a recuperação do material de guerra, que tinha sido roubado dos paióis nacionais de Tancos.

Azeredo Lopes respondeu com um “não” quando questionado pelo Expresso se teve conhecimento da encenação com o aparecimento das armas.

O ministro, que chegou a reconhecer tratar-se de um “embaraço” para o Exército esta situação, remeteu-se depois ao silêncio assegurando que o processo está em segredo de justiça.

Na versão de Vasco Brazão dada ao juiz de instrução, a que o Expresso teve acesso, este responsável pela PJM sustenta que o ministro foi informado dos passos que a recuperação das armas dava.

Aliás, Brazão sublinha que o chefe de gabinete de Azeredo Lopes telefonou ao ministro, na frente de Vasco Brazão e do coronel Luís Vieira (diretor da PJM), para o informar sobre os passos da operação.

O furto de material militar dos paióis de Tancos – instalação entretanto desativada – foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

Em 18 de outubro, a Polícia Judiciária Militar recuperou, na zona da Chamusca, quase todo o material militar que tinha sido furtado da base de Tancos no final de junho, à exceção das munições de 9 milímetros.

Entre o material encontrado, num campo aberto na Chamusca, num local a 21 quilómetros da base de Tancos, havia uma caixa com cem explosivos pequenos, de 200 gramas, que não constava da relação inicial do material que tinha sido furtado, o que foi desvalorizado pelo Exército e atribuído a falhas no inventário.

Na Operação Húbris, o Ministério Público investiga a possível encenação da recuperação das armas entre a PJM e a GNR de Loulé.

Para já, o coronel Luís Vieira encontra-se em prisão preventiva, tal como o suspeito do furto, João Paulino.

Quanto ao major Vasco Brazão está em prisão domiciliária.

Os outros arguidos foram suspensos de funções e estão em liberdade.

Redação

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