O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, indicou hoje que o objetivo de Portugal para o próximo programa da Comissão Europeia de apoio à investigação é obter um financiamento entre 250 a 300 milhões de euros.
“Há ainda uma grande parte do financiamento que está fechado, sobretudo às grandes parcerias lideradas pelo centro e norte da Europa, e queremos abrir esse financiamento”, articulando “melhor os fundos competitivos com os fundos de coesão e estruturais e reduzindo a burocracia”, disse à agência Lusa Manuel Heitor, à margem do debate “O Futuro da Ciência em Portugal”, que decorreu no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no Porto.
Através do Horizon Europe, o próximo programa-quadro para a Investigação e Inovação da Comissão Europeia, que estará em vigor entre 2021 e 2028, o ministro espera ver o financiamento em investigação em Portugal aumentar de 1,6 por cento para 2 por cento.
Manuel Heitor, que considerou haver “burocracia a mais na Europa”, frisou que é preciso “garantir uma maior distribuição das verbas na Europa”, para que Portugal consiga “trabalhar com os melhores e não estar sujeito a fluxos unidirecionais”.
“Queremos criar uma estratégia para aumentarmos a capacidade de ter, pelo menos, 2 por cento do financiamento disponível para o programa-quadro, aumentando dos 1,6 por cento atribuídos no programa Horizonte 2020”, tentando captar, por ano, “entre 250 a 300 milhões de euros”, salientou.
Para o ministro, cuja intervenção no debate se focou na posição de Portugal perante o novo programa-quadro, a política científica “só se pode fazer com cientistas e ciência”.
Este debate, “no meio de muitos que temos vindo a desenvolver, tem como objetivo não apenas consciencializar os cientistas sobre a dificuldade dos tempos em que vivemos, mas também garantir que a política científica resolve os problemas reais dos cientistas”, afirmou.
Segundo Manuel Heitor, o emprego científico é, atualmente, “um problema em todo o mundo”, particularmente na Europa e nas zonas do sul da Europa, como Portugal, requerendo, por isso, “instituições fortes e uma cultura dentro da própria academia”.
“O que hoje aqui ficou claro é que este relacionamento entre a universidade e a ciência, que é perfeitamente crítico, tem que ultrapassar desafios atuais e ir para novos patamares de maturidade”, acrescentou.
De acordo com o ministro, não bastam os fundos nacionais disponíveis para a ciência, sendo necessário captar os fundos estruturais e competitivos europeus.
O debate de hoje, organizado por investigadores do I3S, tinha como objetivo debater a política de investigação e inovação em Portugal, numa altura em que se discute o Horizon Europe, o próximo Programa Quadro para a Investigação e Inovação da Comissão Europeia.
O debate contou com a participação do presidente da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, Alexandre Quintanilha, do presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Paulo Ferrão.
O presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC-TEC), José Manuel Mendonça, a diretora do Centro de Investigação da Montanha – CIMO do Instituto Politécnico de Bragança, Isabel Ferreira, e o presidente do i3S, Mário Barbosa, fizeram igualmente parte da iniciativa.
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