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Ministro da Agricultura alerta para risco elevado e apela a que sejam banidas queimadas

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural fez hoje um apelo aos agricultores e produtores florestais para que sejam completamente banidas as queimas e as queimadas tendo em conta as condições meteorológicas adversas.

“Queria fazer um veemente apelo aos agricultores e produtores florestais no sentido de que sejam completamente banidas as queimas e as queimadas uma vez que as condições meteorológicas podem determinar que qualquer queima ou queimada passe a ficar completamente fora de controlo”, disse Luís Capoulas Santos em declarações à agência Lusa.

O ministro lembrou que as queimas e queimadas estão expressamente proibidas até 15 de outubro e, se a circunstâncias o determinarem, há ainda a possibilidade de prolongar esse período de completa interdição.

Em declarações à agência Lusa, o ministro explicou que a razão deste apelo tem a ver com o facto de poderem ser anunciadas algumas melhorias do estado do tempo, como aconteceu há um ano, a 15 de outubro.

“Os agricultores e os produtores terão de aguardar condições meteorológicas propicias. A situação de risco é muito muito elevada e ao mesmo tempo que conseguimos diminuir as emissões conseguimo-lo exceto no que diz respeito as queimas e queimadas que aumentaram nesta fase outonal”, frisou.

Luís Capoulas Santos fez ainda um apelo aos caçadores, que hoje começam a época de caça, que estejam particularmente atentos e que denunciem imediatamente qualquer vestígio de fumo porque a situação é de grande risco.

“Temos de fazer tudo para evitar que incêndios de grande dimensão possam vir a deflagrar”, adiantou.

A Guarda Nacional Republicana reforçou desde as 20 horas de sexta-feira o patrulhamento terrestre em todo o país com o objetivo de prevenir os incêndios florestais devido às elevadas temperaturas previstas para os próximos dias.

O reforço do patrulhamento prolonga-se até domingo e vai ser feito em coordenação com os meios de vigilância aéreos, adianta a Guarda Nacional Republicana.

Cerca de 85 concelhos de doze distritos de Portugal continental estão hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os concelhos que estão sob este alerta do IPMA pertencem aos distritos de Viana do Castelo, Porto, Braga, Guarda, Bragança, Viseu, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro.

O IPMA colocou ainda vários concelhos dos 18 distritos de Portugal continental em risco muito elevado e elevado de incêndio.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o “reduzido” e o “máximo”. O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral norte e centro até final da manhã, podendo persistir em alguns locais da faixa costeira.

O vento soprará fraco, soprando moderado (até 25 km/h) de noroeste no litoral oeste e de sudoeste nas terras altas do norte e centro a partir da tarde. No Algarve, o vento será fraco a moderado de leste, soprando por vezes forte (até 40 km/h) na serra de Monchique.

Possibilidade de formação de neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral norte e centro.

Prevê-se ainda uma pequena descida da temperatura máxima nas regiões norte e centro, em especial no litoral.

As temperaturas máximas previstas para hoje são de 30 graus centígrados em Lisboa, 32 em Beja, 27 em Faro e Bragança, 22 no Porto.

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