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Ministra diz que reconversão de terminal de Leixões dá resposta a aumento da carga

A ministra do Mar disse hoje à Lusa que a reconversão do terminal de contentores sul do Porto de Leixões, em Matosinhos, visa dar resposta ao crescimento da carga contentorizada que se prevê no curto e médio prazo.

Este investimento de 43,4 milhões de euros, suportado na totalidade pela concessionária do terminal, a Yilport Holding (Grupo Yildirim), vai reforçar a competitividade do Porto de Leixões que, no ano passado, alcançou um recorde de movimentação, salientou Ana Paula Vitorino.

“Vai melhorar-se substancialmente aquilo que já existe e resolver a questão da capacidade atual, dado o Porto de Leixões estar a ter um crescimento substancial, tanto que em 2018 já trabalhou acima da sua capacidade teórica”, referiu.

O ano de 2018 foi o “melhor de sempre” no que respeita à carga contentorizada, com uma movimentação acima de 6,6 milhões de toneladas, um valor que representa um novo máximo e um aumento de 8 por cento face a 2017, adiantou a governante.

A ministra avançou que o porto manuseou, no ano passado, 668 mil TEU (medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contentor), um número que superou a capacidade teórica e isso significa que ou se “investia já” ou “perdia-se competitividade”.

“Ou se investe já na sua ampliação por forma a ultrapassar os constrangimentos existentes ou corremos o risco de o Porto de Leixões perder competitividade no curto prazo”, vincou.

Ana Paula Vitorino recordou que na Estratégia para o Aumento da Competitividade da Rede de Portos Comerciais do Continente – Horizonte 2026 definiu como meta, para o Porto de Leixões, atingir um crescimento de 73 por cento na carga contentorizada até ao final de 2026.

O caminho para o alcance dessa meta está a ser concretizado, com uma tendência de crescimento contínuo na movimentação de contentores, ressalvou.

Desta forma, Leixões poderá continuar a crescer e a bater recordes na carga contentorizada, uma vez que permite aumentar a capacidade do terminal de contentores sul em 210 mil TEU por ano, o que eleva a capacidade para os 860 mil TEU.

Por outro lado, esta empreitada permitirá aumentar a intermodalidade ferro-marítima, retirando camiões das estradas e reduzindo a pegada ambiental, gerando uma redução de emissões de 790 toneladas de CO2, acrescentou.

Os proveitos económicos deste investimento nas infraestruturas, equipamentos e sistemas de informação estão estimados em 406 milhões de euros.

Como contrapartida a este investimento 100 por cento privado, o Governo aumentou o prazo de concessão à Yilport até 2030, frisou.

Para Leixões está ainda previsto o aumento da eficiência do terminal de granéis sólidos e alimentares (a Norte), de 12 milhões de euros, e a construção de um novo terminal de contentores, num investimento acima dos 170 milhões de euros.

Há outros investimentos, nomeadamente na Plataforma Logística de Leixões, prolongamento do quebramar ou melhoria das acessibilidades marítimas que, a juntar a estes dois, perfazem mais de 420 milhões, dos quais maioritariamente privado.

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