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Ministério Público deve ir tão longe quanto possível na investigação ao naufrágio, segundo PR de São Tomé

O Presidente de São Tomé e Príncipe defendeu hoje que o Ministério Público deve ir tão longe quanto possível na investigação ao naufrágio do navio que fazia a ligação entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe.

“É urgente que os órgãos e as instituições do Estado assumam o seu papel com responsabilidade e que o Ministério Público, que é o titular da ação penal, não se limite aos inquéritos, mas vá o mais longe possível, apurando e assacando todas as responsabilidades, de modo a minimizar a dor, em particular das famílias, e da sociedade em geral, para que não estejamos continuamente em determinados recordes por razões negativas”, disse o chefe do Estado.

Logo no início da intervenção na abertura do ano judicial, que hoje decorre em São Tomé, Evaristo Carvalho afirmou: “As minhas primeiras palavras são de pesar pelo trágico acontecimento de ontem [quinta-feira], que culminou uma vez mais com perda de vidas humanas e que deixou o país estarrecido e preocupado com as ligações marítimas entre as duas ilhas”.

O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, anunciou logo na quinta-feira a “abertura imediata de um inquérito” ao naufrágio de um navio, ocorrido esta manhã ao largo da ilha do Príncipe, que causou pelo menos sete mortos.

“Todas as medidas estão a ser tomadas, para em primeiro lugar se encontrar rapidamente os desaparecidos e garantir toda a assistência aos sobreviventes, e num segundo momento, se proceder à abertura imediata de um inquérito para se apurarem as causas deste trágico acidente e assacar as eventuais responsabilidades”, afirmou o chefe do Governo de São Tomé e Príncipe, em declarações aos jornalistas.

O navio “Amfitriti”, que fazia a ligação entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, uma viagem que dura entre seis e oito horas, zarpou do porto de São Tomé na noite de quarta-feira com destino à cidade de Santo António e naufragou já perto da ilha do Príncipe, na madrugada de quinta-feira.

A bordo viajavam 64 passageiros e oito tripulantes e o navio transportava 212 toneladas de carga.

Segundo as autoridades locais, o acidente causou sete mortos – quatro crianças e três adultos – e 10 desaparecidos. Cinquenta e cinco pessoas foram resgatadas com vida, três das quais foram transportadas para a ilha de São Tomé por apresentarem ferimentos graves.

O presidente do governo regional do Príncipe, José Cassandra, afirmou haver registos de três passageiros estrangeiros – duas portuguesas e um francês -, mas essa informação ainda não foi confirmada.

O navio da Marinha portuguesa “Zaire”, que se encontra em missão no país, com uma guarnição constituída por militares portugueses e são-tomenses, navegou de imediato para o local do naufrágio.

Lusa

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Lusa

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