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Ministério “desconhece totalmente” se houve espionagem a jornalistas

O Ministério da Administração Interna (MAI) “desconhece totalmente” se houve espionagem a jornalistas por parte da PSP, a mando do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAPL), como avançado pela Sábado.

De acordo com a revista, a procuradora Andrea Marques, do DIAPL, mandou a PSP fazer vigilâncias a dois jornalistas, sem qualquer mandado de um juiz de instrução.

Contactado pela publicação, o MAI garantiu que “desconhece totalmente as diligências realizadas neste processo, como em qualquer outra investigação em curso”.

Na resposta, a tutela adiantou que “não se pronuncia sobre investigações criminais em curso”, acrescentando que compete à PSP, “enquanto órgão de polícia criminal”, realizar diligências “sob a direção do Ministério Público”.

Sem conhecimento da alegada espionagem a jornalistas, o MAI frisou que o esclarecimento do caso “só pode ser feito pela Procuradoria-Geral da República”.

“Caso existam dúvidas sobre a legalidade da atuação” da PSP, o ministro, “tal como sempre tem feito, não deixará de proceder ao apuramento de eventuais responsabilidades nos termos legalmente previstos”, pedindo à Inspeção Geral da Administração Interna que abra um inquérito interno, referiu ainda o MAI.

De acordo com a Sábado, a procuradora mandou a PSP vigiar Carlos Rodrigues Lima e Henrique Machado, que foram seguidos e fotografados pela PSP entre abril e junho de 2018.

O objetivo, segundo a revista, era apurar uma eventual violação do segredo de justiça no caso E-toupeira.

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