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‘Mineirazo’: “Não foi de todo ruim”, defende-se Scolari

scolari7A pior derrota do Brasil em Mundiais, ainda por cima em casa, não estraga o balanço de Scolari. “O trabalho não foi de todo ruim”, diz o seleccionador brasileiro, horas depois dos 7-1 impostos pela Alemanha, lembrando ser “a primeira vez, desde 2002, que o Brasil chega às meias-finais”.

O ‘Maracanazo’, a página mais negra do futebol brasileiro, foi ultrapassado esta semana pelo ‘Mineirazo’. Novamente a jogar em casa, o Brasil foi humilhado pela Alemanha, que goleou por 7-1. Só o Haiti, em 1974, havia sofrido sete golos (diante da Polónia), ainda assim melhor do que os nove sofridos pelo Zaire (diante da Jugoslávia), no mesmo ano.

Ainda assim, “não foi de todo ruim”, afirmou ontem Luiz Felipe Scolari, lamentando a “paragem de seis minutos” que afetou toda a seleção brasileira, incluindo a equipa técnica: “tivemos uma paragem de seis minutos e essa paragem foi também da equipa técnica. Foi uma paragem geral”.

“Ninguém entendia nada do que se passava. A selecção alemã, que é boa, aproveitou isso. Não tenho como justificar o que que aconteceu”, salientou o selecionador, referindo-se ao período de ‘blitzkrieg’ em que a Alemanha marcou quatro golos.

O ‘Mineirazo’ fica para a história como “vexame” e “humilhação”, segundo a imprensa desportiva (brasileira e mundial), mas também como um marco da evolução do Brasil, segundo Scolari.

“A história tem que registar que é a primeira vez, desde 2002, que o Brasil chega às meias-finais. Então, o trabalho não foi de todo ruim”, defendeu-se o técnico, garantindo que “muitos destes jogadores estarão em 2018 com a seleção, com uma bagagem diferente”.

Quem não vai estar em 2018 é Scolari, que ontem foi confrontado sobre a saída que todos sabem que vai acontecer, embora se desconheça quando: “isso não é assunto para conversar agora. Tenho de trabalhar no sábado para fazer um bom resultado”.

Tite, o técnico que levou o Corinthians a vencer a Taça dos Libertadores em 2012 e o Brasileirão, é apontado pela imprensa como o sucessor de Scolari.

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