Militares das Forças Armadas (oficiais, sargentos e praças) marcaram uma concentração em Lisboa, a 10 de novembro, para protestar contra as medidas de austeridade do Governo. Esta ação de protesto prevê um desfile entre a Praça do Município e os Restauradores, em Lisboa. Os militares querem também que Cavaco faça uma fiscalização do Orçamento de Estado.
Os militares vão sair às ruas, para mostrar o desagrado contra os cortes do Governo nas Forças Armadas. Revoltados com a austeridade, oficiais, sargentos e praças realizam um desfile nas artérias de Lisboa, a partir da Praça do Município e até aos Restauradores.
Esta ação está marcada para o dia 10 de novembro e resulta de uma reunião entre os militares, da qual resultou também um pedido a Cavaco Silva, para que o Presidente da República, como chefe das Forças Armadas, proceda a uma fiscalização preventiva que analise a constitucionalidade, junto do Tribunal Constitucional, das medidas inscritas na proposta de Orçamento de Estado, que o Governo apresentou e que será aprovada no Parlamento (com os votos a favor da maioria).
Depois desta reunião, Pereira Cracel, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas, acusou o ministro da Defesa de não ter “vergonha na cara”, por ter considerado que o ambiente junto dos militares era sereno. “O ministro da Defesa Nacional diz que os militares não estão descontentes. O que me apraz dizer é que não terá vergonha na cara”, disse.
Deverão participar neste desfile mais de 500 militares dos três ramos das Forças Armadas, que estão indignados e pretendem mostrá-lo, no dia 10 de novembro.
