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Militares ameaçam jornalistas que tentam aceder à Assembleia Nacional venezuelana

Membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) impediram hoje, pelo segundo dia consecutivo, o acesso de jornalistas ao Parlamento da Venezuela, constatou a agência Lusa no local.

Os militares, segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNPT, siglas em castelhano), chegaram a ameaçar, hoje, os jornalistas que se encontravam nas proximidades da Assembleia Nacional (parlamento).

“O oficial Malaguera (Hernández, major) está a ameaçar ‘colocar ganchos’ (algemas) aos jornalistas que estão nas proximidades da AN. Ordenou às mulheres militares para que atuem contra as jornalistas”, denunciou na sua conta do Twitter.

Por outro lado, o SNTP chama a atenção do Ministério Público salientando que “esta prática” de ameaçar jornalistas “é um delito”.

“Diz (o major Malaguera Hernández) que deterá quem não sair do local”, explica.

Segundo constatou a Agência Lusa, as dezenas de militares que controlam o acesso ao Parlamento permitiam a circulação de peões, mas obrigam os jornalistas a permanecer a pelo menos um quarteirão de distância.

No hemiciclo (onde a oposição detém a maioria) os deputados realizam hoje a sessão que estava prevista para terça-feira (14 de maio) mas que não se concretizou porque funcionários dos serviços secretos, da GNB e da Polícia Nacional Bolivariana, bloquearam os acessos à Assembleia Nacional, tanto a deputados como a jornalistas.

O bloqueio ao Parlamento, segundo a imprensa local, deveu-se à alegada suspeita da presença de um engenho explosivo, sobre o qual não houve declarações oficiais.

Terça-feira, mesmo com os acessos bloqueados, a outra assembleia, a Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime) realizou uma sessão para levantar a imunidade parlamentar de cinco deputados opositores, aos que o regime acusa de conspiração e traição à pátria.

Na sessão de hoje, sem acesso à imprensa, a Assembleia Nacional (onde a oposição detém a maioria) iniciou um debate sobre o desaparecimento, desde há mais de 130 horas, do vice-presidente daquele organismo, o opositor Edgar Zambrano, que foi detido por funcionários dos serviços secretos.

Na agenda está ainda um debate “sobre a destruição do poder aquisitivo e do salário dos venezuelanos” e um “projeto de acordo para o restabelecimento do vigor da Convenção Americana sobre Direitos Humanos”.

A sessão começou com a incorporação oficial do deputado Fernando Orozco, afeto ao regime e membro do partido REDES, liderado pelo luso-descendente Juan Barreto, ex-presidente da Câmara Maior (municipal) de Caracas.

A oposição entende a presença deste deputado, como um reconhecimento a esse organismo, a pesar de ser minimizado e acusado pelo regime de não cumprir decisões do Supremo Tribunal de Justiça.

Lusa

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Lusa
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