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Milhares de enfermeiros na marcha pela enfermagem em Lisboa

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que desde o início apoiou esta iniciativa, foi hoje recebida à chegada ao desfile como muitos aplausos e gritos de euforia.

Para Ana Rita Cavaco, esta marcha branca pela enfermagem veio mostrar que a sua missão enquanto bastonária está cumprida.

“Os enfermeiros têm hoje uma identidade e um sentido de pertença”, afirmou a bastonária em declarações à agência Lusa no arranque do desfile.

A representante da classe sublinhou a participação de representantes de vários sindicatos e também de enfermeiros que estão a exercer no estrangeiro, notando que há atualmente 18 mil enfermeiros emigrados.

Também presente na manifestação, o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor)entende que a adesão à marcha mostra que “os enfermeiros estão mais unidos do que nunca” e que estão dispostos a lutar “até onde for preciso”.

Em declarações à Lusa, Carlos Ramalho recordou que pretendem uma negociação séria com o Governo, mas avisou que “não pode ser uma imposição”, lembrando que em abril haverá uma nova greve de enfermeiros, que será “prolongada”.

Lúcia Leite, presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, também participa no desfile e considera que os enfermeiros “pedem muita união entre todos, inclusivamente entre os sindicatos”.

Para a dirigente sindical, a maior parte das reivindicações da enfermagem são comuns a todos os sindicatos, embora as estratégias sejam diversas e as “tentativas de protagonismo” prejudiquem por vez uma maior união.

A marcha branca foi também apoiada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), representado pelo menos pela dirigente Guadalupe Simões.

O desfile desceu do Parque da Bela Vista em direção ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tendo feito uma paragem na Ordem dos Enfermeiros, onde alguns profissionais simbolicamente depositaram numa urna as suas cédulas profissionais como forma de protesto.

A maioria dos participantes na marcha está vestida de branco, empunham cravos e outras flores da mesma cor e usam como imagem de marca a frase gravada em bandeiras e camisolas “Ninguém solta a mão de ninguém”.

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