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Milhares de curiosos de várias idades enchem avenida para ver desfile militar em Lisboa

Milhares de pessoas de várias idades encheram hoje a Avenida da Liberdade, em Lisboa, para assistir ao grande desfile militar que assinalava 100 anos do Armistício da I Guerra Mundial, que atraiu curiosos, ex-combatentes e famílias.

Foi “a curiosidade” que levou Helena Bandeiras, natural de Évora mas a viver em Lisboa, a acordar cedo a um domingo para assistir ao desfile que reuniu, entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, cerca de 4.500 elementos, dos quais 3.437 militares das Forças Armadas, 390 militares da GNR, 390 polícias da PSP e 160 antigos combatentes.

Acompanhada pelo marido, a espectadora disse à agência Lusa que quis “muito ver” todas estas forças a evocar os 100 anos do fim da I Guerra Mundial (1914-1918), desde logo por toda a história envolvida.

“Como somos um bocadinho mais novos, havia coisas que não conhecíamos [da guerra]”, confessou.

Sobre a cerimónia, organizada pela Liga dos Combatentes e pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), que obrigou a medidas especiais de segurança e a restrições de trânsito na cidade, Helena Bandeiras observou que estava “tudo muito bonito, [com] muita segurança, o que é o principal”.

“Eles falavam em muita gente, mas por acaso está muito bonito”, adiantou.

Para reviver o passado, o antigo militar Vasco Pereira não quis deixar de participar nesta “cerimónia bonita”. “Também tem a ver comigo porque estive na Guerra do Ultramar”, entre 1972 e 1974, contou à Lusa.

Para Vasco Pereira, este “é efetivamente um evento de grande dimensão, muito bem organizado. “Dá um certo orgulho vir aqui”, assinalou.

Já os motivos que levaram João Pedro Rodrigues e a família à Avenida da Liberdade são referentes ao presente e não ao passado.

Para este militar da Força Aérea, hoje no papel de espetador, “é importante participar neste tipo de eventos que, de alguma forma, elevam o nome de Portugal”.

“E acho que é uma cerimónia importante para lembrar os portugueses que morreram na I Guerra Mundial”, realçou, notando que “não é todos os dias que se comemoram 100 anos”.

A acompanhá-lo, tinha a mulher e o filho de nove anos, que ficou ainda mais entusiasmado quando viu a ‘sua’ escola a desfilar naquela avenida, o Colégio Militar.

Admitindo que “não estava à espera” de um evento desta dimensão, João afirmou estar a gostar.

Neste desfile, marcaram ainda presença forças armadas da Alemanha, EUA, França e Reino Unido, com 80 militares, e o Colégio Militar e os Pupilos do Exército, com 180 alunos.

Foi, desde logo, a presença destas forças estrangeiras que atraiu a atenção de meios de comunicação internacionais, alguns dos quais com ligação ao exército.

A cerimónia contou ainda com 111 viaturas e motos das forças de segurança, 86 cavalos e 78 viaturas das Forças Armadas.

Além do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que discursou enaltecendo o contributo das Forças Armadas para a paz, marcaram presença na cerimónia o primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, bem como os antigos Presidentes da República Ramalho Eanes e Jorge Sampaio.

Quem faltou foi o ex-Presidente Cavaco Silva e, segundo a assessoria do antigo chefe de Estado, este “deixou de estar presente em cerimónias militares quando terminou o mandato”.

Fonte policial disse à Lusa que estavam “milhares de pessoas ao longo da avenida”, muitas das quais iam aplaudindo os militares que desfilavam.

Lusa

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Lusa

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