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Milhares de congoleses comemoram confirmação da vitória de Tshisekedi na República Democrática do Congo

Milhares de apoiantes do partido da oposição União para a Democracia e Progresso Social (UDPS) saíram hoje às ruas de Kinshasa para comemorar a confirmação de Félix Tshisekedi como novo Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo).

“Comprometo-me durante esta jornada a reconciliar os congoleses entre si e com o Congo”, declarou Tshisekedi hoje pela manhã, após a notícia de que o Tribunal Constitucional havia validado os resultados das eleições.

“Amanhã, o Congo que formaremos não será um Congo de ódio, tribalismo e divisão. Será um Congo reconciliado, um Congo fortemente orientado para o seu desenvolvimento”, disse.

Numerosos apoiantes, provenientes de diferentes pontos da capital, reuniram-se hoje em frente à sede das UDPS, no reduto da oposição de Limete, estando a rua cortada ao trânsito.

“É a vitória da verdade. Nós estamos há anos esperando (…). O povo ganhou e (isso) supõe uma verdadeira reconstrução do país”, disse à agência noticiosa espanhola EFE o congolês Cyril Tshibuyi, que estava próximo da sede da UDPS.

“Deus respondeu às nossas orações. Nossas orações foram escutadas. Desde a madrugada que estou aqui a comemorar com os meus companheiros”, disse à EFE o condutor de mototáxi Fiston Mbuyi.

“Ganhamos. O que o pai [antigo líder da oposição Etienne Tshisekedi, fundador UDPS em 1982] não conseguiu, hoje o seu filho conseguiu”, afirmou Mbuyi.

No anunciou de hoje, o Tribunal Constitucional congolês manteve os resultados provisórios publicados pela Comissão Eleitoral Independente (CENI), segundo a qual Tshisekedi ganhou as eleições de 30 de dezembro com 38,57 por cento dos votos, seguido pelo também opositor Martin Fayulu, com 34,86 por cento.

Por seu lado, Martin Fayulu considerou um “golpe” o anúncio feito pelo Tribunal Constitucional e pediu tanto aos congoleses com à comunidade internacional para não legitimar Tshisekedi, bem como apelou para a mobilização social de forma pacífica.

A vitória de Tshisekedi aconteceu após dois anos de atrasos e incertezas, já que o Presidente Joseph Kabila – no poder há 18 anos – concluiu o seu segundo e último mandato eleitoral, mas “ancorou-se” no poder a partir de dezembro de 2016.

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