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Mike Pompeo critica “erros” da administração Obama no Médio Oriente

O chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, apelou hoje aos aliados árabes para lutarem juntos contra o Irão e criticou a administração Obama pela estratégia “equívoca” para o Médio Oriente, durante um périplo na região.

Mike Pompeo prometeu que os EUA continuarão os esforços diplomáticos, com os seus aliados, para “expulsar” as forças iranianas da Síria, mesmo depois da anunciada retirada de militares norte-americanos daquele conflito.

No segundo dia de um périplo pelo Médio Oriente, durante a visita ao Cairo, o secretário de Estado dos EUA considerou que a situação na região se agravou em grande parte devido aos “equívocos” e “fantasias” da estratégia da administração Democrata de Barack Obama.

Pompeo afirmou que a estratégia “ingénua e tímida” de Obama contribuíram para as revoltas que abalaram o Médio Oriente, incluindo o Egito, a partir de 2011.

O chefe da diplomacia norte-americana referiu mesmo um discurso de Barack Obama, em 2009, no Cairo, quando o então Presidente dos EUA falou de um “novo começo” para as relações com os países do mundo árabe.

“Ele (Obama) disse-vos que o islamismo radical não deriva da ideologia. Ele disse que o 11 de setembro levou o meu país a abandonar os ideais, particularmente no Médio Oriente. Ele disse-vos que os Estados Unidos e o mundo islâmico precisavam de ‘um novo começo’. Os resultados desses erros de julgamento foram terríveis”, afirmou hoje Pompeo.

Para remediar estes erros, Pompeo pediu aos aliados do mundo árabe para se envolverem ainda mais determinadamente para combater os radicalismos árabes e para conter a estratégia iraniana na região.

Depois de confirmar que os EUA retirarão os cerca de dois mil soldados da Síria, Pompeo pediu para que os países no Médio Oriente superassem “antigas rivalidades” e se unissem na luta contra o Irão, para bem da região.

“Quando os Estados Unidos se retiram, produz-se o caos. Quando descuidamos os amigos, o ressentimento aumenta”, afirmou Pompeo, assegurando que os EUA aprenderam com os erros e não vão negligenciar os aliados.

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