O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, considera que avançar já com a eleição direta dos presidentes das Juntas Metropolitanas seria “começar a casa pela chaminé”, defendendo a definição prévia das competências.
“Se eu começar pela eleição estou a começar pelo lado esotérico da coisa, que é o lado da disputa política”, afirmou o ministro em entrevista ao Porto Canal, acrescentando: “nunca começo uma casa pela chaminé”.
Assim sendo, o ministro entende ser necessário, antes de mais, dotar as áreas metropolitanas de competências e orçamento, razão pela qual considera estar “a fazer mais pela regionalização do que os regionalistas de discurso”.
Recorde-se que a Junta Metropolitana do Porto apresenta até final deste mês uma proposta ao governo para reconfigurar as competências daquele órgão, mas antes quer analisar como é que cidades como Paris, Barcelona ou Milão gerem o poder.
“Até ao final de março, a Junta Metropolitana do Porto apresenta uma proposta ao ministro Miguel Relvas sobre a reconfiguração das competências da Junta”, declarou Castro Almeida (PSD), vice-presidente daquele órgão e o edil da Câmara de S. João da Madeira.
Os 16 autarcas da Junta Metropolitana do Porto decidiram, em reunião ordinária, mandatar Rui Rio para desencadear os contactos necessários para elaboração de um estudo técnico a uma instituição universitária e encomenda de uma análise comparada acerca do regime de governo de outras grandes áreas metropolitanas da Europa, designadamente de Espanha, Itália, França ou Alemanha.
