Nuno Ferreira andava a passear a pé nos Açores e acabou “metido com um peixe graúdo”. Hoje vai a tribunal por alegadamente ter tentado entrar no quarto de Miguel Relvas, com o intuito de agredir o ministro. O jornalista admite ter falado com Relvas, mas nega a intenção de agressão.

O homem que, dizia ontem o Expresso, tentara entrar no quarto de Miguel Relvas é um jornalista, que estava na Horta a cumprir uma “viagem a pé pelas nove ilhas do Açores”, a recolher material para a escrita de um livro. De acordo com o semanário, Nuno Ferreira vai hoje a tribunal por suspeita de ter tentado entrar no quarto do ministro Adjunto, alegadamente com o intuito de agredir Miguel Relvas.

Segundo a PSP, o suspeito foi detido “por resistência e coação sobre funcionário” policial, uma vez que, “ao ser impedido por um elemento da PSP que se encontrava em missão de segurança” no corredor do hotel, “que se colocou à sua frente, reagiu de forma agressiva e tentou atingir o agente com o cotovelo, momento em que foi manietado e consumada a detenção”.

As acusações são negadas por Nuno Ferreira, que ao Jornal de Notícias afirmou ter encontrado Miguel Relvas no restaurante da unidade hoteleira: “num impulso, levantei-me e dirigi-me à mesa e disse-lhe: `o que anda aqui a fazer? Não tem vergonha? Depois vieram os seguranças e eu percebi que me tinha metido com um peixe graúdo”.

O jornalista acrescenta que, ao chegar ao corredor de acesso ao quarto onde estava a pernoitar, “tinha homens à minha espera e fui interpelado pelo que já tinha falado comigo no restaurante”.

Refira-se que Nuno Reis, autor do livro “Portugal a pé”, está há vários meses no arquipélago, como se comprova pela atualização que faz na página do Facebook dedicada à iniciativa (veja aqui).