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Miguel Macedo responde na AR pela carga da polícia aos fotojornalistas

miguel_macedoProposta para audição do ministro da Administração Interna, na Assembleia da República (AR), foi aprovada pelos deputados. Miguel Macedo prestará esclarecimentos sobre a carga policial do dia 22 de março, que envolveu dois fotojornalistas, que estavam a fazer a cobertura da manifestação. A proposta de ouvir Macedo foi apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) e acolheu o apoio dos partidos da maioria governativa: PDS e CDS.

A intervenção da polícia durante a manifestação de 22 de março, dia de greve geral, suscitara diversos inquéritos, da PSP e do IGAI, além de um pedido do Presidente da República para que tudo fosse esclarecido. E é essa a tarefa de Miguel Macedo, que foi chamado pelos deputados da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais para esclarecer o episódio que envolveu dois fotojornalistas, da agência Lusa e da France Press.

O BE propôs que o ministro da Administração Interna desse explicações em sede de audição parlamentar, proposta que mereceu o acolhimento de todos os partidos com assento na Assembleia da República.

Entre as diversas questões que serão colocadas a Miguel Macedo estará o uso alegado desproporcionado de força, por parte da polícia, durante os desacatos que ocorreram naquela manifestação.

Já a pretensão do Partido Comunista Português não mereceu apoio da maioria PSD/CDS. O PCP queria que, além do ministro, também a inspetora geral da administração interna fosse interrogada em sede parlamentar. No entanto, centristas e sociais-democratas votaram contra, argumentando que a presença de Miguel Macedo torna dispensável esta auscultação. O Partido Socialista absteve-se, na proposta comunista, que apenas mereceu o apoio do BE.

O caso da carga policial sobre dois fotojornalistas suscitou diversas críticas. O BE considerou que se tratou de um caso de “violência gratuita”. Também o Ministério da Administração Interna tomou diligências para evitar que agressões a profissionais de comunicação se repitam, num cenário de manifestação e revolta popular.

Num comunicado, revelou que iria convidar o Sindicato dos Jornalistas e diretores de órgãos de comunicação social para a realização de reuniões. Miguel Macedo irá explicar na AR que medidas propõe a tutela para evitar casos semelhantes.

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