Miguel Cadilhe dissertou sobre a Democracia, a nossa democracia que considera estar doente. A democracia que não tem sabido escolher os melhores, antes, tem-se pautado por escolhas erradas e não tem um antídoto contra este mal e pergunta, como é que a Democracia (como sistema) não tem uma forma eficaz de fazer escolhas entre os bons, os melhores, os mais sérios e capazes?
Com efeito, muitas vezes, e Portugal nos últimos anos é a demonstração clara disso, é exatamente o oposto que acontece, as péssimas escolhas de pessoas incompetentes, corruptas, com falta de ética, que guindam aos lugares de topo.
A democracia que fecha os olhos à corrupção e convive com os desvios de ética é uma Democracia doente, que é a que está latente em Portugal.
Miguel Cadilhe falou sobre a perda de oportunidade do sistema político beneficiar-se da experiência detida pelos diversos Presidentes da República, em favor do país, porque a Constituição não lhes reserva poderes, a não ser os de exceção, raramente aplicados.
A Democracia criou o princípio do centralismo, mãe do desperdício. Somos um dos sistemas mais centralizados de toda a Europa. A reforma do Estado está por fazer e deve basear-se na subsidiariedade e na vigilância, com bons controlos centralizados e descentralizados de qualidade. Portugal precisa da reforma estrutural do Estado macrocéfalo e voraz que temos. Com efeito, a mãe dos desperdícios é esta Democracia e centralismo e não a regionalização.
Centralismo que criou monstros como as extravagâncias das PPP, os investimentos em submarinos de duvidosa necessidade e défices tarifários postergados para as gerações vindouras. Temos uma Democracia que recusa ver a realidade, avisa Cadilhe, que já assim escrevia há 10 anos, pois vislumbrava já o abismo. Ninguém o quis ouvir e o resultado aí está.
Portugal perdeu nestes quatro anos o seu melhor momento para encetar as verdadeiras reformas de que o país precisa, e não as conjunturais, que não são reformas, porque são passageiras. A causa é a fraca qualidade dos políticos e líderes, porque não apareceu um reformista. De facto, a Constituição e esta Democracia carregam o Estado com funções, no entanto sem meios.
Miguel Cadilhe disse que a qualidade da democracia é diretamente proporcional à qualidade das pessoas, coisa que se pode facilmente constatar que Portugal não tem, pois a cada governo que passa, mais incapazes são os seus integrantes.
A democracia assim, como diz o povo, tem um mal ruim.
Miguel Cadilhe disse que Portugal poderia ter encetado o plano de austeridade, mas teria moral para na Europa levar com uma mão as medidas de sacrifícios adotados e na outra solicitar a solidariedade para a renegociação honrada da dívida. Queremos pagar, mas ao ritmo que podemos. A dívida pública portuguesa deve ser perdoada em 40 por cento para ser pagável. Os juros devem ser mais baixos e não como acontece hoje, sem que o nosso Governo se apresente como negociador, antes aparece como executante do programa da ditadura da tróika.
Miguel Cadilhe também falou da Grécia. O país do Syriza tem um caminho a percorrer, pois a fraude, evasão fiscal, entre outras endémicas doenças, é um desafio aos governantes. Mas simpatiza com a ideia reivindicada pelo seu governo que a Alemanha tem uma dívida resultante da Grande Guerra. Pessoalmente julgo que o novo governo Grego é uma pedrada no charco europeu que mudará (nem que seja lentamente) a forma como a eurocrática Bruxelas vê as coisas.
Um aniversário de qualidade, por um Miguel Cadilhe que foi uma surpresa na vertente humana. Um contador de histórias, com refinado humor, um pensador culto e Maior, exatamente ao contrário do que a imprensa faz dele.
O debate/aniversário teve muita gente e imprensa. Estiveram presentes várias personalidades neste dia do 9.º aniversário do clube , em que ainda houve tempo para Joaquim Jorge homenagear: a educação; a oposição; o jornalismo; o Clube dos Pensadores.
Filinto Lima (vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas), Firmino Pereira (líder do PSD em Gaia), João Vasco Almeida (jornalista ex-editor da revista Focus), Miguel Azevedo Brandão, advogado e membro do Clube, entre outros.
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