Microsoft não desistiu dos smartphones, apenas quer algo mais poderoso
A Microsoft abandonou a linha Lumia e, com isso, abriu mais espaço à entrada de outros fabricantes no seu sistema operativo móvel, sendo a HP, neste momento, o parceiro com o melhor e mais poderoso dispositivo no mercado, o Elite X3.
Isso não significa que a Microsoft abandou a ideia de ter um smartphone próprio, indo de encontro ao que era a sua pretensão no passado recente. O que a Microsoft pretende, e indo de encontro a declarações de Satya Nadella, CEO da Microsoft, é que a marca pretende ter algo mais poderoso e diferenciador.
Foi exatamente o que afirmou Satya Nadella, em declarações à Financial Review: “vamos continuar a estar no mercado dos smartphones, não como definido pelos líderes atuais do mercado, mas porque podemos fazer um dispositivo móvel final exclusivo”.
Tudo faz sentido quando pensamos na linha Surface: fica a faltar um smartphone. E faz mais sentido quando, há pouco mais de uma semana, vimos rumores de que a Microsoft estaria a desenvolver uma funcionalidade no Windows 10 Mobile que permite correr aplicações x86 no smartphone
Agora faz todo o sentido o lançamento de um smartphone poderoso e realmente diferenciador, um equipamento que corre uniformemente as mesmas aplicações de um computador e da loja de aplicações.
Isso livraria a Microsoft do trabalho penoso que é ter um sistema operativo móvel com uma loja de aplicações tão pobre, como acontece hoje com a Windows Store do Windows 10 Mobile.
Isto é a cereja no topo do bolo da Microsoft – ecossistema completo (software + hardware) – ficando a faltar um smartphone para se juntar ao Surface Studio, Surface Pro e Surface Book. Isto será o pack completo que a Microsoft tanto ambicionou para um ecossistema único e completo.
Se juntarmos a tudo isto a cloud, Xbox e o Office, a Microsoft tornar-se-á, cada vez mais, numa marca imbatível.