Mundo

Michel Temer é o Presidente mais impopular do Brasil desde 1985

Michel Temer é o Presidente do Brasil mais impopular desde o fim da ditadura militar, em 1985, com apenas três por cento de aprovação, segundo uma sondagem divulgada hoje em exclusivo pelo jornal Folha de São Paulo.

De acordo com a sondagem da Datafolha, 82 por cento dos inquiridos consideram negativo o exercício do atual Presidente do Brasil, considerando que o Governo de Michel Temer de mau a péssimo, tendo aumentado 12 pontos percentuais desde a última sondagem, em abril.

Nessa altura, a rejeição a Temer, Presidente desde 31 de agosto de 2016, situou-se em 70 por cento, o que já o colocava como um dos chefes de Estado mais impopulares desde a redemocratização do Brasil, de acordo com a Datafolha.

A impopularidade de Temer aumentou devido ao lento crescimento da economia brasileira e à crise provocada pela greve dos camionistas, que paralisou o Brasil entre 21 e 31 de maio e provocou uma interrupção no abastecimento de combustíveis, alimentos e medicamentos.

O estudo, realizado entre 06 e 07 de junho, após a greve dos camionistas, indicou que apenas 3 por cento dos inquiridos consideraram ótima ou boa a gestão de Temer e outros 14 por cento entenderam que o Governo exerce a governação de modo regular.

A impopularidade do Presidente Temer cresceu em todas as franjas de rendimento e escolaridade e nas cinco regiões do país, depois da adoção de uma agenda de aperto fiscal e com o alegado envolvimento do seu grupo político em escândalos de corrupção.

De todos os Presidentes do Brasil desde 1985, Temer tem o índice de rejeição mais expressivo, seguido por Dilma Rousseff (2011-2016), com 71 por cento; Fernando Collor de Melo (1990-1992), com 68 por cento; e José Sarney (1985-1990), igualmente com 68 por cento.

A sondagem mostrou também que as Forças Armadas continuam como a instituição em que a população mais confia, ainda que o índice tenha passado de 43 por cento em abril para 37 por cento na sondagem hoje divulgada.

Outros 41 por cento afirmaram confiar um pouco nos militares e 20 por cento revelou não confiar.

Os índices de credibilidade mais baixos registaram-se para os partidos políticos (68 por cento dos brasileiros não confia), para o Congresso (67 por cento) e a Presidência (64 por cento).

A imprensa só tem a confiança de 16 por cento dos brasileiros, enquanto 45 por cento indicou confiar um pouco e 37 por cento desconfiar.

Em destaque

Subir