Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s Research doará 192 mil euros à Universidade de Coimbra, para apoiar uma pesquisa sobre doença de Parkinson. Os investigadores portugueses apoiados pela fundação de Michael J. Fox estão a estudar as implicações genéticas nos linfócitos B na doença de Parkinson, com enfoque na mutação do gene LRRK2.
Michael J. Fox, através da Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s Research, vai apoiar uma investigação que está a ser desenvolvida por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular, da Faculdade de Medicina e do Centro Hospitalar Universitário da Universidade de Coimbra.
A fundação do ator entregará 192 mil euros para o trabalho de investigação, que vai incidir na relação entre os linfócitos B com uma mutação de um gene (o LRRK2) na doença de Parkinson. Michael J. Fox decidiu apoiar esta pesquisa, tal como sucede com muitos outros trabalhos semelhantes que tentam avançar na cura de um problema de saúde que também afeta o ator.
Depois de tomar conhecimento da intenção de investigadores portugueses em avançar no estudo, Michael J. Fox dedicou uma verba de 250 mil dólares (192 mil euros) para suportar custos do estudo.
Recorde-se que Michael J. Fox padece da doença de Parkinson desde 1991, sendo que iniciou, desde então, a par da luta contra a doença, uma missão que tem como fim permitir encontrar a cura do problema de saúde. Esta não é, no entanto, a primeira vez que J. Fox apoia a ciência portuguesa.
Rodrigo Cunha e Carlos Palmeira, investigadores da Universidade de Coimbra e do Centro de Neurociências de Coimbra, viram distinguido o seu trabalho com a entrega do prémio ‘Rapid Response Innovation Award’, uma bolsa de 80 mil euros que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento do seu trabalho na compreensão da doença de Parkinson.
Recentemente, foi entregue uma bolsa pela fundação ‘Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s Research’. Esta verba deverá ser utilizada no desenvolvimento de uma pesquisa inovadora que tenta compreender os efeitos positivos da berberina (substância utilizada pelos chineses, na sua medicina tradicional), no combate e na prevenção da doença de Parkinson.
Em estudos preliminares que foram realizados durante cinco anos, os dois investigadores portugueses detetaram de que forma a berberina traz benefícios na regulação da diabetes ou na obesidade. Depois, avançaram no sentido dos benefícios dessa substância no tratamento e prevenção de Parkinson.
As conclusões foram animadoras: a berberina provoca melhorias significativas no controlo de movimentos e ao nível da capacidade de memória. A Fundação Michael J. Fox, com sede nos EUA, reconheceu mérito no trabalho e decidiu premiá-lo, o que permite a Rodrigo Cunha e Carlos Palmeira avançar na sua investigação.
Esta fundação – Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s Research – foi criada no ano 2000. Desde então, dedica a sua atividade à pesquisa, em busca da cura da doença de Parkinson, através de uma agressiva política de financiamento à investigação.