Empresa Metro do Porto tem menos de duas semanas para liquidar uma dívida de 100 milhões de euros ao BCP. Presidente do conselho de administração fala em situação “insustentável” e já expôs o caso ao Governo. Serviço não está em causa, segundo o Ministério dos Transportes, citado pela Renascença.
O modelo de gestão da Metro do Porto não é viável, segundo o presidente do conselho de administração, Ricardo Fonseca, que em declarações à Renascença fala de uma luta contra o tempo para pagar dívidas resultantes do investimento na infraestrutura.
Depois de diversas tentativas de recurso à banca (para pagar dívidas à banca…), todas elas sem sucesso, a empresa ficou numa situação de rutura financeira, perante os credores – bancos – que se recusam a emprestar dinheiro.
O BCP é credor de 100 milhões de euros que vencem dentro de menos de 15 dias. Num beco sem saída, a administração da Metro do Porto expôs o caso à secretaria de Estado do Tesouro e Finanças, mas não conseguiu reação.
Nesse sentido, enviou uma missiva ao Ministério das Finanças, onde revela que o modelo de gestão atual é “insustentável”. O Governo está a desenvolver diversos contactos e não está em causa a viabilidade do projeto, nem a manutenção do serviço.
O valor das dívidas da Metro do Porto à banca ascende a 2000 milhões de euros (quatro quintos do total investido, a fundo perdido). No entanto, a empresa só recebeu um quarto desse valor.