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Metade dos gays negros vai ter sida, antecipa o CDC

gays negrosUm dos reguladores da saúde dos EUA elaborou as primeiras projeções sobre a evolução da sida. Os resultados são especialmente maus para a população negra e homossexual: de acordo com o Centro de Controlo de Doenças (CDC, na sigla original), metade dos gays negros vai ser infetada.

É a primeira vez que o CDC antecipa (ou, melhor, anuncia publicamente) a evolução da sida nos EUA.

Na generalidade, o risco até tem vindo a diminuir. A média de diagnósticos tem vindo a cair de um em cada 78 pessoas (em 2005) para um em cada 99.

O problema está quando se analisam os dados à luz de grupos particulares, como a etnia e a orientação sexual. Se o futuro é mau para os negros e para os homossexuais, é ainda pior para os negros homossexuais…

Os bissexuais e a população hispânica também não têm motivos para sorrir com estas projeções.

Mediante a evolução da doença na última década, o CDC prevê que um em cada 64 homens e uma em cada 227 mulheres venham a ter sida.

O risco aumenta dramaticamente para os negros: um em cada 20 e uma em cada 48. O pior ficou reservado para os gays negros, com a sida a ser um risco bem real para metade.

Entre os hispânicos, a estimativa nas mulheres é semelhante, mas nos homens baixou para um em cada 48.

A população branca é a mais ‘sortuda’: segundo o relatório, as hipóteses de uma pessoa branca contrair a doença é inferior a um por cento.

“Por mais alarmantes que estes resultados pareçam, não são conclusões definitivas. São um apelo à prevenção”, salientou Jonathan Mermin, diretor do CDC para prevenção de doenças contagiosas.

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