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Metade do rendimento anual no Brasil concentrado em 10 por cento da população

As estatísticas oficiais do Brasil mostram que, em 2017, os 10 por cento da população mais ricos tinham 43,3 por cento do rendimento anual gerado no país enquanto os 10 por cento mais pobres detinham apenas 0,7 por cento do rendimento.

Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje divulgados, as pessoas que faziam parte do 1 por cento da população brasileira com os rendimentos mais elevados receberam, em média, 27,2 mil reais (6,4 mil euros) por mês em 2017.

Este valor é 36,1 vezes superior ao rendimento médio dos 50 por cento da população com os menores rendimentos, de 754 reais (179,1 euros).

No ano passado, o rendimento médio mensal real ‘per capita’ no Brasil foi de 1.271 reais (300 euros). As regiões norte e nordeste apresentaram os menores valores enquanto a região sul obteve o maior.

O Instituto destacou também que no ano passado cerca de 13,7 por cento dos lares brasileiros recebiam dinheiro referente ao Bolsa Família, um programa de transferência de rendimentos que ajuda as famílias pobres que mantém os seus filhos na escola, participação inferior à de 2016 quando o dinheiro do programa foi distribuído a 14,3 por cento dos domicílios do país.

No que se refere ao índice de Gini, que mede a desigualdade da distribuição dos rendimentos, o IBGE informou que o rendimento médio mensal real ‘per capita’ no Brasil ficou em 0,549 em 2017.

As informações divulgadas hoje pelo órgão de pesquisa brasileiro fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – do ano passado e levam em conta diversas fontes de rendimento da população brasileira, como salário, pensões por reforma e programas de transferência de rendimento, como o Bolsa Família.

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