Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, diz ter “fundamentadas razões para temer que à volta de 50 por cento dos serviços de finanças” encerrem “a partir do mês de outubro”, logo após as eleições autárquicas.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) tem “fundamentadas razões” para acreditar que, logo que passem as eleições autárquicas, o Governo vai começar a encerrar metade das repartições de finanças. “Temos fundamentadas razões para temer que à volta de 50% dos serviços de finanças deste país vão encerrar durante o mês de outubro ou a partir do mês de outubro”, garantiu o presidente, Paulo Ralha, citado pela TSF.
A escolha do mês não é inocente: o dirigente sindical destaca que, com a campanha para as eleições autárquicas em curso, o Governo não quer abrir um confronto com o poder político local. Daí que o tema nunca tenha sido “publicamente anunciado, de forma clara, pelo Ministério das Finanças”, sustentou.
Em causa para o fecho das repartições estão, segundo o dirigente, “aquilo que está escrito no relatório da sétima avaliação da troika, que refere que devem encerrar 50 por cento dos serviços”, e a análise feita pelo STI ao “documento do despacho 50/2013 da Direção Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira em que podemos constatar que há serviços que ficarão com um quadro de pessoal insuficiente para fazer face às tarefas que têm no dia a dia”.
Feitas as contas, Paulo Ralha teme que fechem 170 das 343 repartições existentes, com destaque para algumas: “Beja, Bragança, Évora, Guarda, Portalegre, Vila Real e Viseu verão mais de 70 por cento dos serviços de finanças encerrados”.