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Metade das casas com idosos sem aquecimento por dificuldades financeiras

idosos1Organização Mundial de Saúde revela que quase metade das casas com idosos portugueses não são aquecidas, por razões financeiras. Num estudo realizado por aquela entidade em países europeus, só a Bulgária supera Portugal (44 por cento dos lares), neste mau registo.

Segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), a falta de condições financeiras leva a que quase metade (44 por cento) das casas com idosos não sejam aquecidas em Portugal, que se torna no segundo país com pior registo, apenas batido pela Bulgária.

A OMS, através do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, analisou a realidade dos países europeus e tentou saber em que condições vivem os idosos, com mais de 65 anos, nos tempos em que o frio aperta. E sem casas aquecidas, aumentam os problemas de saúde, sobretudo num grupo etário mais vulnerável.

E vulnerável é a palavra certa para classificar a condição dos idosos em Portugal, onde as desigualdades económicas impedem condições que garantam o conforto em casa. Na Bulgária, o país com pior registo, a realidade é ainda mais preocupante, já que oito em cada dez lares não apresenta a temperatura correta, nas alturas em que as temperaturas descem.

A OMS aponta como necessárias medidas governamentais, que permitam que as famílias com mais dificuldade usufruam de tarifas de eletricidade menos agressivas. Sobretudo em casas onde residem idosos.

Estes dados são conhecidos numa altura em que, em Portugal, se tornam públicas histórias de idosos que morrem em casa, por falta de acompanhamento, adoentados, e depois de pedirem auxílio.

Há poucos dias, um homem de 84 anos morreu no seu apartamento, no Bairro Norton de Matos, em Coimbra, depois de cinco dias a pedir socorro. Ao lado, estava a mulher, também ela doente e incapaz de prestar assistência. Conheça a história.

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