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Mestrado de Medicina de Aveiro é “de qualidade questionável” e “desnecessário”, diz a Ordem dos Médicos

O Mestrado Integrado de Medicina da Universidade de Aveiro é “de qualidade questionável”, considera a Ordem dos Médicos, ao ponto de considerar que o curso “não faz sentido no presente estado de crise económica e social”, sendo mesmo “totalmente desnecessário ao país”.

O Mestrado Integrado de Medicina (MIM) da Universidade de Aveiro (UA) foi chumbado pela avaliação Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Após se saber que o curso não será homologado, a Ordem dos Médicos (OM) vem publicamente pedir o “encerramento definitivo” do mesmo, distribuindo os 38 alunos que frequentam o segundo ano por outros cursos de medicina.

“Não faz sentido que, no presente estado de crise económica e social, com um número crescente de jovens com dificuldades em aceder ao Ensino Superior, o Governo financie, a quem já tem uma licenciatura/mestrado, um curso de medicina de qualidade questionável e totalmente desnecessário ao país”, argumenta o conselho nacional executivo da OM.

No mesmo comunicado, a OM realça que o MIM nem sequer oferece “a vantagem de aumentar” a qualificação do setor clínico: “com o aumento da emigração de médicos e a insuficiência de vagas para que todos os candidatos possam ter acesso a uma especialidade, a criação do curso de medicina de Aveiro não obedeceu sequer a uma necessidade ou vantagem de aumentar a formação de recursos humanos a curto, médio ou longo prazo”.

O MIM ia arrancar para o segundo ano de existência, com 38 alunos licenciados a obterem o grau em apenas quatro anos (contra os seis dos cursos ‘tradicionais’), em resultado de um consórcio entre a UA e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto. Porém, a Comissão de Avaliação Externa da A3ES entendeu que “o corpo docente da Universidade de Aveiro é insuficiente para assegurar a implementação e o desenvolvimento do plano de estudos e conteúdos, não tendo sido garantido o empenhamento do ICBAS na participação no projeto”.

O pedido de recurso, solicitado pela UA, foi recusado pelo Conselho de Revisão da A3ES, que confirmou a decisão de não homologar o MIM. O reitor já adiantou que procura um novo parceiro com o consórcio, trocando acusações com o ICBAS. Leia mais aqui.

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