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“Mesquinhez” do CDS sobre Soares criticada por comentadora

mario soares Os argumentos do “radicalismo político” e “incitamento à violência” usados pelo CDS para condenar Mário Soares, a quem a Câmara de Lisboa quer dar a Chave da cidade, foram criticados por Constança Cunha e Sá: “Revela uma mesquinhez política raramente vista”.

A defesa de Mário Soares como “pessoa consensual”, a propósito das recentes declarações de um vereador lisboeta eleito pelo CDS, foi ontem feita por uma comentadora política da TVI24, Constança Cunha e Sá.

No programa ‘Notícias às 21:00’, a comentadora aludiu à “mesquinhez” com que o CDS tratou Mário Soares, a quem a Câmara de Lisboa quer entregar a Chave de Honra da cidade, de acordo com proposta apresentada pelo presidente António Costa, votada favoravelmente por PS e PSD, abstenção da CDU e o voto contra dos centristas.

“Acho absolutamente insustentável a posição do CDS. Completamente insustentável”, criticou Constança Cunha e Sá.

“Revela uma mesquinhez política raramente vista. Numa matéria em que até o PCP se absteve, o CDS vem dizer que Mário Soares não é uma pessoa consensual, ao contrário das outras pessoas que já receberam a Chave de Honra”, reforçou a comentadora.

Em causa está a declaração de voto de João Gonçalves Pereira, o vereador centrista que apelou a que a atribuição da Chave de Honra não fosse “confundida com um aniversário pessoal ou um mero gesto político”.

“O CDS-PP não pode deixar de considerar que o Dr. Mário Soares não é nos dias de hoje uma personalidade consensual, tendo assumido posições de radicalismo político e de incitamento à violência que não podem ser esquecidas”, afirmou João Gonçalves Pereira.

No comentário político para a TVI24, Constança Cunha e Sá salientou que a crítica do CDS lisboeta “mostra uma falta de sentido de Estado, uma falta de sentido da História”, ignorando “a dívida que o país tem ao Dr. Soares”.

Pegando ainda no argumento da “pessoa consensual”, a comentadora lembrou duas das três personalidades já distinguidas com a Chave de Honra para ironizar: “Foi Carlos Lopes – consensual, de facto. Foi José Saramago, muito consensual (tudo menos consensual), e Durão Barroso, que é do mais consensual que há”.

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