PS acusa Angela Merkel, chanceler alemã, e Passos Coelho de estarem “completamente apaixonados pela austeridade”. O primeiro-ministro português e a chanceler revelam “sintonia”, segundo João Ribeiro, secretário nacional do PS, e vivem um “verdadeiro romance de austeridade”.
O Partido Socialista reagiu ao discurso da chanceler alemã Angela Merkel, num congresso regional da CDU, onde a chanceler apela a mais cinco anos de rigor orçamental, com medidas que estão a conduzir os países a recessão. Os socialistas acusam Pedro Passos Coelho e Angela Merkel de manterem o mesmo princípio de governação, que assenta em “austeridade, custe o que custar”.
Esta reação do PS surge após a chanceler alemã ter feito um apelo ao rigor nos países da Zona Euro, referindo que o pacto de estabilidade e crescimento “foi violado repetidamente”, em diversos países, com os países a esconder dados das dívidas.
Angela Merkel apontou o caminho da austeridade, nos próximos anos, lembrando que “a crise das dívidas soberanas e a recessão económica estão longe de chegar ao fim”.
O PS reagiu hoje às palavras de Merkel, defendendo que a chanceler está “completamente apaixonada” pela política da austeridade, sendo que os seus ideais estão em “em sintonia” com as políticas aplicadas em Portugal.
“Vemos uma enorme sintonia entre Merkel e o primeiro-ministro português, Passos Coelho”, revela à Lusa João Ribeiro, secretário nacional do PS. “É um verdadeiro romance de austeridade. Estão completamente apaixonados pela austeridade, custe o que custar”, acrescenta o dirigente socialista.
Ao contrário do que defende Merkel, o PS sustenta que a “austeridade é o problema” e não a solução para os países em dificuldade.
