O mercado liberalizado de gás natural atingiu 1,216 milhões de clientes em maio deste ano, um aumento de 4,4 por cento em relação ao período homólogo, revelou hoje a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

O organismo, que publicou o seu boletim sobre este segmento, adiantou que, em relação a abril, o número de clientes de gás natural no mercado liberalizado aumentou em 4,4 mil, um crescimento de 0,4 por cento.

“Após um período de aceleração das migrações para o regime de mercado, desde maio de 2018 que o crescimento do número de clientes no ML [mercado liberalizado] registou uma taxa média mensal de aproximadamente 0,4 por cento”, adiantou a ERSE.

No mesmo boletim, o regulador constatou que em termos de consumo, em maio se registou um decréscimo de 37 GWh (gigawatts hora) face a abril de 2019, atingindo 42.158 GWh, o que reflete um decréscimo de 0,1 por cento face ao mês anterior e um acréscimo de 1,5 por cento, relativamente ao mês homólogo de 2018.

A ERSE revelou ainda que “o consumo no mercado livre representava em maio cerca de 98 por cento do consumo total registado em Portugal continental” no período em causa.

De acordo com a ERSE, todos os grandes consumidores já estão no mercado livre, sendo que no mês em análise houve “uma diminuição da percentagem de consumo do segmento de clientes indústrias no mercado liberalizado face ao mês de abril, representando no mês de maio cerca de 95 por cento do consumo total do segmento”.

O mesmo boletim mostra que a Galp “manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em consumo (61 por cento)” e que “a EDP Comercial garantiu a sua posição de liderança em número de clientes (54 por cento), apesar da quebra registada desde maio de 2018”.

No que diz respeito aos clientes industriais, a Galp “continua a liderar”, com 57 por cento, bem como nos grandes consumidores (66 por cento) “registando um aumento da sua quota no segmento dos grandes consumidores e uma diminuição no segmento dos clientes industriais”.

A EDP, por sua vez, “mantém igualmente a liderança nos segmentos das PME (49 por cento) e residencial (54 por cento), apresentando uma redução de respetivamente 1,9 p.p. [pontos percentuais] e 0,5 p.p., no mês de maio”, de acordo com a ERSE.