Chama-se Olivia Farnsworth, tem 7 anos e é caso único no mundo. Devido a um problema genético, não sente dor, fome ou cansaço.

A britânica sofre de uma desordem genética, que provocou a eliminação do cromossoma 6.

Não é conhecido outro caso semelhante ao de Olivia Farnsworth, uma criança britânica que não sente dor, cansaço ou fome.

O paradoxo desta doença é que se revela com a ausência de sensações degradáveis. No entanto, qualquer um dos sintomas que Olivia não sente é essencial para o bem-estar humano.

Quando temos dor, o nosso corpo avisa-nos de que estamos em risco. Quando sentimos fome, apresenta-nos outro sinal: precisamos de alimento. Quando estamos cansados, alerta-nos para a necessidade de descansar.

Olivia não recebe qualquer um destes avisos e o seu historial de vida é o melhor retrato da gravidade da doença rara.

Quando era bebé, a criança nunca chorava e passava dias a fio sem dormir. As desordens alimentares vieram por arrasto, já que não manifestava vontade de comer.

Um episódio fica guardado na memória da sua mãe, Niki Trepak, de 32 anos. É a memória daquele dia em que Olivia foi atropelada, arrastada por um carro, com toda a família a gritar de desespero.

A menina, porém, levantou-se e regressou para junto da mãe, sem chorar, ou apresentar queixas.

Niki Trepak descobriu que algo e estava errado quando Olivia tinha apenas um ano – não se comportava como um bebé, quer no choro, nas horas de sono e nas necessidades alimentares.

Desde logo foi acompanhada por diversos médicos, até que uma especialista em genética, profissional no hospital universitário de Leeds, no Reino Unido, descobriu o problema: a ausência do cromossoma 6, o que afeta todo o metabolismo.