Chama-se Chrissy Turner e tem um carcinoma na mama, um tipo de cancro extremamente raro. A menina, norte-americana, deverá ser a paciente mais jovem diagnosticada com a doença.

“Ficámos assustadíssimos, mas sabemos que o cancro pode ser vencido. E estou certo de que o iremos fazer”, conta o pai de Chrissy, Troy Turner, em declarações à ABC4 Utah News.

A pequena Chrissy, que mora em Utah, nos Estados Unidos, tem um carcinoma secretor da mama com 8 anos de idade, provavelmente a paciente mais jovem com aquela doença.

Trata-se de um tipo de cancro raro, que irá transportar Chrissy para a mesa de operações do Huntsman Cancer Institute, onde realizará uma mastectomia.

A intervenção cirúrgica tem dois objetivos: remover o cancro e prevenir que regresse, já que todo o tecido mamário remanescente será retirado.

A suspeita que levou Troy e Annete (os pais da criança) ao hospital foi a presença de um nódulo numa mama, que a própria Chrissy encontrou.

Depois da preocupação e dos exames médicos, veio o diagnóstico arrasador: tratava-se de um cancro da mama e não havia registos de uma pessoa tão jovem ter sido diagnosticada com a doença.

O carcinoma secretor da mama é extremamente raro: em cada milhão de diagnósticos de cancro, há apenas um caso.

Já seria batalha suficiente para um família. Afinal, ter elemento de 8 anos com cancro da mama não é fácil. Porém, mais complicado se torna quando existe neste agregado outro problema: o pai de Chrissy linfoma não-Hodgkin, diagnoticado há sete anos.

Significa que Annete é o sustentáculo desta família, desde essa altura. Dadas as dificuldades financeiras, surgiram algumas campanhas de angariação de fundos para apoiar a família, no site GoFundMe.

O cancro da mama – muito raro em pessoas com a idade de Chrissy – é o tipo de cancro mais frequente e letal nas mulheres, sendo que mata uma por minuto, em todo o mundo.

De acordo com um relatório sobre os últimos 30 anos, os casos de cancro da mama aumentaram. O ‘World Breast Cancer Report’ comparou recentemente dados de 1980 com números atuais e regista um aumento de 640 mil casos (em 1980) para 1,5 milhões.

Este crescimento de 3,1 por cento é considerado impressionante, uma vez que existem mais ferramentas para combater a doença e, sobretudo, para a diagnosticar precocemente.

Não há registos semelhantes ao de Chrissy, que deverá ser a paciente mais jovem do mundo a padecer da doença.